WEG (WEGE3) decepciona investidores em 2025; o que precisa acontecer para as ações voltarem a subir?

Após um desempenho surpreendente em 2024, as ações da WEG enfrentam dificuldades em 2025 devido à frustração com margens mais apertadas e crescimento menor nos EUA, prejudicado por tarifas e câmbio desfavorável. O BTG destaca que uma recuperação das ações depende principalmente do retorno da confiança no crescimento da empresa nos EUA, já que as margens elevadas já estão precificadas pelo mercado. Segundo analistas, a retomada do ritmo histórico de crescimento é crucial para uma reavaliação positiva.
WEG Cai 6% na Bolsa

As da WEG (WEGE3) estão enfrentando um ano desafiador em 2025. Após um 2024 brilhante, a companhia decepcionou ao apresentar margens mais apertadas e perspectivas de crescimento reduzidas nos Estados Unidos, principal motor de expansão nos últimos anos.

De acordo com relatório do BTG Pactual, a queda de desempenho pode ser explicada por três fatores: abaixo do esperado no quarto trimestre de 2024 e no primeiro de 2025, crescimento mais lento nos EUA em função de tarifas de importação, e a valorização do real — em meio à queda dos juros — que favoreceu empresas mais expostas ao mercado interno.

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Crescimento ou margem?

A WEG sempre foi reconhecida por equilibrar crescimento robusto com rentabilidade consistente. No entanto, em 2025, o mercado parece ter se frustrado com margens aquém das expectativas. O BTG argumenta que a decepção está mais ligada à rentabilidade do que ao crescimento.

Mesmo operando com margens historicamente elevadas, o fato de o mercado já ter precificado esse desempenho torna a sustentação do valuation um desafio. Para os analistas, somente a retomada da confiança no crescimento — especialmente nos — poderá reacender o otimismo com as ações da WEG.

EUA como peça-chave

O desempenho da WEG sempre foi resiliente, mesmo em crises, o que justificava múltiplos elevados. No entanto, o atual ceticismo em torno do crescimento nos EUA, impulsionado por tarifas e incertezas macroeconômicas, afeta diretamente essa tese.

Segundo o BTG, os fundamentos de longo prazo permanecem sólidos, especialmente com a demanda crescente por infraestrutura energética nos EUA. Mas, para que o papel volte a subir de forma consistente, é preciso que o mercado veja sinais claros de aceleração nas receitas naquele mercado.

Margens ainda elevadas

Apesar da frustração recente, o BTG ressalta que as margens atuais da WEG são estruturalmente superiores ao período pré-. Isso é reflexo de maior eficiência nas operações internacionais, especialmente na América do Norte, e de um mix de produtos mais favorável.

Mesmo assim, os analistas projetam margem EBITDA estabilizada em torno de 22% para 2025, o que, segundo eles, já está refletido no preço atual das ações.

Perspectiva de crescimento

A expectativa do BTG é de que a companhia cresça entre 10% e 13% em 2025, incluindo aquisições. Embora esse número seja positivo, ainda está abaixo do ritmo histórico de 14% a 15% que sustentava valuations mais altos no passado.

Portanto, para que as ações da WEG () voltem a se valorizar, o gatilho mais potente continua sendo a confirmação de que a companhia é capaz de retomar seu crescimento acelerado — algo que será acompanhado de perto pelo mercado nos próximos trimestres.

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