A inflação dos EUA registrou avanço de apenas 0,10% em maio, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (11). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 2,4%, abaixo das expectativas do mercado, que projetavam 2,5%. O dado marca uma desaceleração em relação a abril, quando o índice subiu 0,2%.
A leitura abaixo do esperado traz implicações importantes para a política monetária do Federal Reserve (Fed). Mesmo não sendo o indicador preferido do banco central — o núcleo do PCE é mais relevante — o índice de preços ao consumidor (CPI) ajuda a balizar as apostas do mercado sobre os próximos passos do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).
Núcleo do CPI também recua
O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, avançou apenas 0,1% no mês passado e acumulou alta de 2,8% em 12 meses. Esses números também vieram abaixo das projeções, refletindo sinais de moderação inflacionária mais amplos na economia norte-americana.
Entre os principais componentes do índice, os custos com moradia subiram 0,3%, mantendo-se como o principal motor da inflação. A alimentação também avançou 0,3%, tanto dentro quanto fora de casa. Por outro lado, o setor de energia teve queda de 1%, puxada principalmente pela redução nos preços da gasolina.
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Efeito nas expectativas de juros
Com a inflação dos EUA abaixo do esperado, aumentam as especulações sobre quando o Fed poderá iniciar o processo de corte de juros. De acordo com o monitor do CME FedWatch, o consenso atual é de manutenção na próxima reunião, com possível início de afrouxamento apenas em setembro.
Apesar da pressão política, especialmente da Casa Branca, os dirigentes do banco central têm reforçado a necessidade de prudência e dados adicionais antes de mudar a trajetória da taxa básica.