A temporada de resultados do 1T25 chegou ao fim com um cenário mais otimista do que o previsto. Após dois trimestres de frustração, os balanços divulgados por diversas empresas brasileiras surpreenderam positivamente, impulsionando a Bolsa e mudando o humor dos investidores.
De acordo com o Research do BTG Pactual, aproximadamente 30% dos balanços superaram as estimativas dos analistas, enquanto menos de 20% ficaram abaixo do esperado. Essa virada de desempenho é atribuída, em grande parte, ao pessimismo que havia se instalado anteriormente no mercado — e que acabou não se confirmando.
Varejo e saúde surpreendem com recuperação sólida
Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, os maiores destaques dos resultados do 1T25 vieram de setores ligados à economia doméstica, em especial o varejo e a saúde. Ela destaca que ambos estavam subavaliados e, por isso, os resultados positivos geraram fortes reações nos preços das ações.
No setor varejista, empresas conseguiram crescer a receita em dois dígitos, ao mesmo tempo em que surpreenderam positivamente nas margens. “Vimos casos de expansão de 100 a 200 pontos-base nas margens, o que mostra controle eficiente de custos, repasse de preços e ajustes na estrutura operacional”, afirmou Quaresma.
🚨 Últimos dias para acertar sua declaração! Baixe o material e evite a malha fina!
Azzas (AZZA3): alta de 22% após balanço
Um dos destaques do setor foi a Azzas (AZZA3), que registrou alta de 22% no pregão seguinte à divulgação dos resultados. A empresa superou de forma expressiva as projeções pessimistas e está na lista de recomendações da Empiricus. O desempenho refletiu a boa gestão operacional e o potencial de reprecificação do papel.
Setor de saúde em recuperação
Outro setor que brilhou nos resultados do 1T25 foi o de saúde. Operadoras como a Hapvida (HAPV3) registraram forte redução na sinistralidade e crescimento saudável no número de beneficiários. A Porto (PSSA3), que também atua na vertical de saúde, confirmou essa tendência positiva.
“Estamos vendo um novo ciclo para essas empresas, com resultados consistentes e retomada de margem”, explica Larissa Quaresma. As ações da Hapvida subiram mais de 11% após o balanço. Já a Porto, que também se destacou, segue como uma das principais recomendações da casa.
Setor financeiro: Itaú mantém protagonismo
Entre os bancos, o destaque positivo nos resultados do 1T25 foi o Itaú Unibanco (ITUB4). O banco apresentou elevação nos spreads e redução da inadimplência, o que impulsionou o lucro e manteve sua atratividade como ação defensiva e geradora de caixa.
“O cenário é muito favorável para o setor bancário tradicional quando temos ROE elevado e inadimplência sob controle. E o Itaú é, sem dúvidas, o nome mais consistente nesse espaço”, disse a analista da Empiricus.
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona
Na contramão, o Banco do Brasil (BBAS3) decepcionou o mercado. O impacto da inadimplência no agronegócio e os efeitos da nova regra contábil do Banco Central derrubaram os lucros. Como resultado, as ações caíram mais de 12% no pregão seguinte à divulgação dos resultados.
💸 Ganhe mais investindo nos FIIs certos! Baixe a carteira recomendada e aumente sua renda!
Carteira recomendada da Empiricus com base nos resultados do 1T25
Com base nos resultados do 1T25, a carteira de 10 ações da analista Larissa Quaresma obteve um desempenho de 23% no ano, contra 15% do Ibovespa. Entre os destaques estão:
-
Itaú (ITUB4): lucro robusto e continuidade na liderança do setor bancário.
-
Porto (PSSA3): retomada nas verticais de saúde e seguros, com margens mais saudáveis.
-
Azzas (AZZA3): turnaround operacional bem-sucedido e forte valorização.
Outras ações que compõem a carteira e que se beneficiaram do bom momento de resultados incluem nomes dos setores de energia, infraestrutura e exportadoras.
Expectativas para o segundo trimestre
Com a taxa Selic ainda elevada, os analistas permanecem cautelosos, mas agora com uma visão mais otimista para o futuro. A leitura positiva dos resultados do 1T25 pode servir como base para uma reprecificação de diversos papéis que vinham sendo penalizados.
Setores como varejo e saúde, que já mostraram sinais de recuperação, devem continuar sendo acompanhados de perto. O cenário fiscal e a política monetária continuarão sendo vetores decisivos, mas a resiliência das empresas brasileiras, especialmente no ambiente doméstico, surpreendeu positivamente.
Empresas estão bem posicionadas para crescer
A temporada de resultados do 1T25 mostrou que muitas empresas brasileiras estão bem posicionadas para crescer, mesmo em um ambiente de juros altos. A recuperação em setores como varejo, saúde e bancos indica que o pior pode ter ficado para trás — e que há espaço para valorização na Bolsa nos próximos trimestres.
💰 Quer viver de renda? Baixe agora a Carteira de Dividendos do BTG!