As taxas do Tesouro Direto voltaram a subir nesta quinta-feira (24), alcançando novos recordes e consolidando a tendência de alta dos últimos dias. Com o aumento da pressão inflacionária e as incertezas fiscais, os títulos atrelados ao IPCA e prefixados oferecem retornos cada vez mais atrativos, com destaque para as taxas que se aproximam de 7% ao ano nos títulos de inflação.
Conforme os dados atualizados, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 já oferece uma rentabilidade de 6,83% ao ano, enquanto o título com vencimento em 2045 paga 6,70%. Além disso, os títulos prefixados, como o vencimento para 2031, ultrapassam a barreira dos 13% ao ano, oferecendo 13,02%, consolidando-se como uma das melhores opções para investidores que buscam retornos elevados.
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Títulos Prefixados e de Inflação se Destacam com Taxas Elevadas
IPCA+ Próximo de 7% ao Ano
Os títulos Tesouro IPCA+, que garantem uma rentabilidade real, além da inflação, continuam apresentando altas expressivas. O destaque fica para o título com vencimento em 2029, que está pagando 6,83% ao ano. Já os títulos de longo prazo, como o IPCA+ 2045, oferecem 6,70%, refletindo o cenário de maior aversão ao risco por parte dos investidores, que buscam proteção contra a inflação.
A pressão inflacionária no Brasil, evidenciada pela alta no IPCA-15 de outubro, reforçou a atratividade desses papéis. Além disso, a incerteza em torno das contas públicas, com o governo enfrentando dificuldades para cumprir as metas fiscais, tem elevado as taxas de juros.
Prefixados Rompem os 13% ao Ano
Os títulos prefixados também estão atraindo atenção no mercado. O Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 ultrapassou novamente a barreira dos 13% ao ano, oferecendo uma rentabilidade de 13,02%. Já o título prefixado com vencimento em 2027 está pagando 12,92% ao ano.
Esses títulos continuam atraindo investidores que buscam retornos fixos, mas é importante destacar que as taxas elevadas refletem a volatilidade do cenário macroeconômico, com especialistas sugerindo que essas taxas podem subir ainda mais caso a situação fiscal do Brasil continue a se deteriorar.
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Fatores que Impulsionam a Alta das Taxas
Inflação e IPCA-15 em Alta
O avanço das taxas do Tesouro Direto ocorre em meio à alta da inflação, com o IPCA-15 de outubro registrando 0,54%, acima das expectativas do mercado. O aumento nos preços de energia elétrica e alimentos reforçou a percepção de que a pressão inflacionária pode persistir, o que tem levado os investidores a buscar ativos que protejam seus portfólios contra a inflação, como os títulos atrelados ao IPCA.
Preocupações com as Contas Públicas e Dívida
Outro fator que contribui para o aumento das taxas é o pessimismo em relação às contas públicas. Relatórios recentes do FMI apontam que a dívida pública brasileira pode crescer mais de 10 pontos percentuais do PIB durante o atual governo, o que levanta dúvidas sobre a capacidade do país de entregar um pacote robusto de corte de gastos. Esse cenário de incerteza tem levado os investidores a exigir prêmios de risco mais elevados para investir em títulos públicos.
Impacto Externo: Alta do Dólar e Expectativas nos EUA
No cenário internacional, a valorização do dólar também tem gerado impacto nos mercados emergentes, como o Brasil. A perspectiva de um possível retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2024 tem alimentado a volatilidade no mercado financeiro global, aumentando a aversão ao risco e pressionando as taxas de juros dos títulos brasileiros.
Confira os detalhes dos demais títulos do Tesouro Direto às 14h11 desta quinta-feira (24):