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IPCA-15 de Outubro registra alta de 0,54%

IPCA-15 de outubro sobe para 0,54%, impulsionado por aumentos em energia elétrica e alimentação. Acumulado no ano é de 3,71%, e 4,47% nos últimos 12 meses.
IPCA-15

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial no Brasil, registrou alta de 0,54% em outubro de 2024, marcando um avanço de 0,41 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês de setembro, que apresentou uma variação de 0,13%, segundo dados do IBGE. Esse aumento reflete a elevação de preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sendo o setor de Habitação e Alimentação e Bebidas os principais responsáveis por essa alta.

Com esse resultado, o IPCA-15 acumula alta de 3,71% no ano e de 4,47% nos últimos 12 meses, acima dos 4,12% registrados no período anterior. O aumento mais acentuado ocorreu em outubro de 2024, superando os 0,21% observados no mesmo mês de 2023.

IPCA-15: Energia Elétrica e Gás de Cozinha Impactam Habitação

Alta Significativa em Habitação

O grupo Habitação registrou a maior variação em outubro, com alta de 1,72%, impactando o índice com 0,26 p.p.. O principal fator que puxou esse aumento foi o reajuste na energia elétrica residencial, que subiu 5,29% devido à entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 2, em 1º de outubro. Esse cenário ocorre em um momento de maior custo de geração de energia elétrica, causado principalmente pela seca e pela necessidade de utilizar usinas térmicas, que têm um custo de produção maior.

Além disso, o gás de botijão também registrou aumento, com 2,17% no mês, contribuindo para o impacto geral do grupo de Habitação. O setor de Artigos de Residência, por sua vez, também apresentou alta, com variação de 0,41%.

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Alimentação Aumenta Pelo Segundo Mês Consecutivo

Aumento no Preço de Alimentos no Domicílio

O grupo de Alimentação e Bebidas, que tem grande peso no índice, registrou uma alta de 0,87%, contribuindo com 0,18 p.p. para o IPCA-15 de outubro. O aumento foi puxado principalmente pela alimentação no domicílio, que teve alta de 0,95%, após três meses de queda consecutiva.

Entre os itens que mais influenciaram o aumento, destacam-se o contrafilé (+5,42%), o café moído (+4,58%) e o leite longa vida (+2,00%). Por outro lado, alguns alimentos registraram queda de preço, como a cebola (-14,93%), o mamão (-11,31%) e a batata-inglesa (-6,69%).

Alimentação Fora do Domicílio Também Sobe

Os preços de refeições fora do domicílio também aceleraram, passando de 0,22% em setembro para 0,70% em outubro. Da mesma forma, os preços de lanches subiram de 0,20% para 0,76%.


Transportes Registram Queda, Com Destaque Para Passagens Aéreas

Redução nos Preços de Passagens Aéreas

O grupo Transportes foi o único a registrar queda no mês de outubro, com variação de -0,33%, impactando negativamente o índice em -0,07 p.p.. O resultado foi influenciado principalmente pela redução no preço das passagens aéreas, que caíram -11,40% e contribuíram com -0,08 p.p.. Essa queda reflete, em parte, a baixa demanda de voos após a temporada de alta, além de promoções pontuais oferecidas pelas companhias aéreas.

Outros serviços de transporte, como ônibus urbano (-2,49%), trem (-1,59%) e metrô (-1,28%), também apresentaram queda, refletindo a gratuidade nas passagens concedidas durante as eleições municipais, em 6 de outubro.

Estabilidade dos Combustíveis

No segmento de combustíveis, o cenário foi de estabilidade, com destaque para a gasolina, que manteve seus preços inalterados (0,00%) em outubro. Gás veicular e óleo diesel apresentaram ligeiras quedas de -0,71% e -0,23%, respectivamente, enquanto o etanol teve uma pequena alta de 0,02%.

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Desempenho Regional: Goiânia Lidera Alta e Porto Alegre Registra Menor Variação

Goiânia e São Paulo Se Destacam

Entre as 11 áreas pesquisadas pelo IPCA-15, todas registraram alta em outubro. A maior variação foi observada em Goiânia, com 1,07%, impulsionada pelo aumento de 6,51% na energia elétrica e de 5,94% na gasolina. São Paulo, que possui o maior peso no índice, também registrou alta de 0,61%, mantendo-se alinhada à média nacional.

Porto Alegre Tem o Menor Índice

Por outro lado, Porto Alegre teve a menor variação, com 0,17%. O resultado foi influenciado pela queda de 17,16% nos preços das passagens aéreas, que contribuiu para amenizar o impacto de outros aumentos na região.

 

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