O Bradesco (BBDC4) divulgou os Resultados do 1T25 após o fechamento do mercado, registrando lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões e retorno sobre o patrimônio (ROE) de 14,4%. O lucro superou as estimativas dos analistas em 12% e ficou 10% acima do consenso de mercado, refletindo um trimestre marcado por desempenho operacional consistente e recuperação nas margens.
Margem financeira ajustada impulsiona os Resultados do 1T25 do Bradesco
O grande destaque dos Resultados do 1T25 do Bradesco foi a margem financeira líquida ajustada ao risco, que veio melhor que o esperado. As receitas com tarifas, seguros e as despesas operacionais ficaram em linha com o previsto, consolidando um desempenho robusto mesmo em um ambiente de juros elevados. A margem financeira com clientes cresceu 4% na comparação trimestral e 15,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 16,7 bilhões, superando as projeções.
Carteira de crédito em expansão e incorporação de novas operações
A carteira de crédito expandida (ajustada por variação cambial) cresceu 3,5% no trimestre e 11% no ano, com destaque para hipotecas (+4,5% t/t) e crédito a pequenas e médias empresas (+3,5% t/t). A aquisição de 50% do John Deere Bank adicionou uma carteira de R$ 17 bilhões, com foco em crédito rural. Desconsiderando essa incorporação, a carteira ainda cresceu 1,7% t/t, mantendo o Bradesco com ganho de participação no mercado.
Inadimplência estável e provisões adequadas reforçam os Resultados do 1T25 do Bradesco
Nos Resultados do 1T25 do Bradesco, o índice de inadimplência acima de 90 dias subiu apenas 10 pontos-base, para 4,1%. A inadimplência permaneceu controlada, especialmente entre pessoas físicas e PMEs, enquanto o segmento corporativo teve ligeira alta. As provisões para perdas com crédito somaram R$ 8,4 bilhões, ficando 5% abaixo das expectativas, com índice de cobertura de inadimplência de 183%.
Setor de seguros segue forte e impulsiona resultado
O segmento de seguros teve um desempenho em linha com as projeções, com lucro líquido de R$ 2,4 bilhões, alta de 25% a/a e ROAE de 22,4%. A sinistralidade caiu 7,5 pontos percentuais, especialmente no ramo de saúde, levando o índice combinado a 82,9%, contra 93% no 1T24. A receita financeira também evoluiu conforme esperado, contribuindo positivamente para o resultado.
Despesas operacionais sob controle mesmo com novas aquisições
As despesas operacionais totais cresceram 12% a/a, influenciadas pela Cielo e John Deere Bank. Ajustadas, o crescimento seria de 9% a/a. Despesas com pessoal caíram 1% t/t por sazonalidade, mas subiram 5% a/a. As administrativas recuaram 16% t/t e 4% a/a, com redução de agências e melhorias operacionais. O banco fechou o trimestre com 5.781 pontos de atendimento e 83,4 mil funcionários.
Receita com tarifas e outros destaques dos Resultados do 1T25 do Bradesco
A receita com tarifas caiu 5% t/t, para R$ 9,8 bilhões, devido à sazonalidade, mas teve alta de 10% na base anual. Destaques positivos foram vistos em receitas com cartões, consórcios e mercado de capitais. Outras despesas operacionais subiram 100% a/a, para R$ 3 bi, por conta da integração de novas unidades, ficando acima da expectativa.
Capitalização e rentabilidade fortalecidas
O CET1 do Bradesco subiu 60bps, chegando a 11,1% com os efeitos contábeis da Resolução 4.966. O lucro elevado compensou o maior RWA, e o patrimônio líquido atingiu R$ 164,2 bilhões, com alta de R$ 3,5 bi t/t. Apesar do payout maior (55%), o banco continua apresentando boa capacidade de geração de capital.
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Expectativas futuras baseadas nos Resultados do 1T25 do Bradesco
Apesar do resultado positivo no 1T25, o Bradesco optou por manter seu guidance inalterado. O banco parece mais próximo do teto das projeções, com expectativa de redução da alíquota efetiva de imposto e crescimento sustentado do lucro. Mesmo com as mudanças contábeis, os Resultados do 1T25 do Bradesco indicam uma recuperação consistente, reforçando a confiança dos investidores após anos de desempenho fraco. A recomendação é mantida em “Neutra”.