O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em queda de 0,53% nesta quinta-feira (17), aos 114.982 pontos. Com isso, o índice acumula agora 13 pregões consecutivos de baixa.
A queda do Ibovespa foi impulsionada pelo cenário externo, especialmente pela divulgação da ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês), que trouxe uma postura mais rígida em relação à política monetária. Além disso, as incertezas em torno da economia chinesa também pesaram sobre o mercado.
Durante a manhã, o Ibovespa chegou a subir 0,88%, mas perdeu força no decorrer do dia. A performance econômica da China desempenha um papel crucial no desempenho das empresas brasileiras do setor de mineração e siderurgia, setores que têm grande peso no Ibovespa. As ações da Vale (VALE3), por exemplo, conseguiram fechar em território positivo, com um aumento de 1,41%. No entanto, é relevante notar que as ações da mineradora também fecharam distantes das máximas do dia.
A queda do Ibovespa é um sinal de cautela dos investidores diante do cenário econômico global. Os mercados estão preocupados com o aumento da inflação, o aumento das taxas de juros e a guerra na Ucrânia. Esses fatores estão pesando sobre o crescimento econômico e estão levando os investidores a buscar ativos mais seguros.
O Ibovespa acumula uma retração de 5,71% ao longo do mês de agosto. Isso ocorre após um período de valorização de 20% nos quatro meses anteriores, até o final de julho. É possível que o índice continue a cair nos próximos dias, à medida que os investidores continuam a se preocupar com o cenário econômico global.