Os estoques de petróleo dos EUA tiveram um recuo expressivo de 2,795 milhões de barris na última semana, totalizando 440,363 milhões de barris, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE). A queda surpreendeu o mercado, que esperava uma redução bem menor, de apenas 600 mil barris, segundo pesquisa do The Wall Street Journal.
Além do petróleo bruto, os estoques de gasolina também apresentaram redução significativa de 2,441 milhões de barris, chegando a 223,081 milhões. Neste caso, a expectativa era de uma diminuição de apenas 300 mil barris. Já os destilados, como o diesel e o óleo de aquecimento, tiveram baixa de 724 mil barris, para 103,408 milhões, contrariando projeções que indicavam um crescimento de 900 mil barris.
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Refinarias desaceleram
Outro dado que chamou atenção foi a taxa de utilização da capacidade das refinarias, que caiu de 90,7% para 90,2%. A previsão era de alta para 91,5%. Essa desaceleração indica uma menor atividade no setor de refino, o que pode refletir uma demanda mais fraca ou ajustes na operação diante de pressões sazonais ou logísticas.
No centro de distribuição de Cushing, em Oklahoma — ponto de entrega dos contratos futuros do petróleo WTI — os estoques subiram 75 mil barris, totalizando 23,51 milhões de barris.
Produção e reservas estratégicas
A produção média diária de petróleo nos EUA teve uma leve alta, chegando a 13,401 milhões de barris por dia. Já os estoques da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR) subiram 820 mil barris, somando 401,313 milhões.
Impacto nos preços
A queda mais acentuada nos estoques de petróleo dos EUA tende a exercer pressão de alta nos preços internacionais do petróleo, principalmente se for interpretada como um sinal de demanda forte ou de aperto na oferta. No entanto, a queda na atividade das refinarias e as incertezas globais sobre o crescimento econômico ainda limitam o entusiasmo dos investidores.
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