Na última sexta-feira (28), o dólar subiu significativamente, alcançando R$ 5,58, após declarações de Lula sobre a política monetária adotada pelo Banco Central do Brasil. As críticas de Lula à taxa básica de juros, que ele considera elevada, geraram apreensão entre os investidores, resultando em uma rápida valorização do dólar frente ao real.
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Contexto das Declarações
Durante um discurso, Lula criticou a atual política de juros do Banco Central, argumentando que a taxa básica de juros, conhecida como Selic, está em um patamar alto demais, o que, segundo ele, prejudica o crescimento econômico e o setor produtivo. Ele destacou a necessidade de uma revisão dessa política para estimular a economia.
“A taxa de juros de 10,50% é irreal para uma inflação de 4%. Isso vai poder melhorar quando eu puder indicar o presidente (do Banco Central)“, afirmou o petista. O mandato do atual chefe da autarquia, Roberto Campos Neto, se encerra no fim deste ano, quando Lula poderá então indicar o presidente da autoridade monetária e outros dois diretores.
A partir de 2025, portanto, a maioria dos nove membros que compõem a diretoria do Banco Central serão indicações do atual governo. Atualmente, Lula tem quatro dos nove diretores. Embora todos eles tenham votado pela manutenção da Selic em patamar considerado “irreal” por Lula, o presidente continua a focar em Campos Neto como culpado.
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Reação do Mercado
A repercussão das declarações de Lula foi imediata no mercado financeiro. Investidores mostraram preocupação com possíveis intervenções na autonomia do Banco Central, aumentando a aversão ao risco. Como consequência, o dólar teve uma alta expressiva, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o dia em queda.