A mineradora canadense Aura Minerals, listada na Bolsa de Toronto e com BDRs negociados na B3 sob o código AURA33, anunciou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. Impulsionada pelo aumento dos preços do ouro, a empresa registrou um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 56,17 milhões, um avanço de 111% em relação ao mesmo período de 2023 e de 6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
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No entanto, a empresa registrou um prejuízo líquido ajustado de US$ 3 milhões, principalmente devido a instrumentos de hedge utilizados para proteger o preço do ouro e do câmbio.
Resultados Financeiros e Operacionais
O segundo trimestre foi marcado por uma receita líquida recorde para a Aura Minerals, atingindo US$ 134,4 milhões, um aumento de 58% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, a receita cresceu 2%.
A alta contínua dos preços do ouro foi determinante para os bons resultados da empresa. Entre abril e junho, o preço médio realizado do ouro foi de US$ 2.291 por onça troy, um aumento de 17% em relação ao primeiro trimestre de 2023 e de 11% em relação ao trimestre anterior.
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Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals, destacou a trajetória ascendente do ouro como um fator-chave para os resultados positivos do primeiro semestre e expressou otimismo em relação ao segundo semestre do ano. “As expectativas de capturar a alta contínua dos preços do ouro nos apoiam na manutenção de um cenário positivo”, afirmou.
Produção e Vendas
A produção de ouro equivalente (GEO), que inclui cobre, atingiu 64,3 mil onças no segundo trimestre, um aumento de 33% em relação ao mesmo período de 2023. Este crescimento foi atribuído a uma melhoria de desempenho na mina de Minosa, em Honduras, apesar de desafios como chuvas intensas e troca de fornecedores em outras operações da empresa, como Apoena (Mato Grosso) e Almas (Tocantins).
O volume de vendas também apresentou um crescimento significativo de 32% em relação ao segundo trimestre de 2023, impulsionado pelo aumento da produção em Minosa e pela entrada em produção comercial de Almas em 2023. Em comparação ao primeiro trimestre de 2024, houve uma retração de 8%, principalmente devido à mudança de contratante para caminhões e pás carregadeiras em Almas.
Dívida e Distribuição de Dividendos
Ao final de junho, a Aura Minerals contabilizou uma dívida líquida de US$ 142,4 milhões, uma alta de 35% em relação ao trimestre anterior. Este aumento deveu-se principalmente à diminuição do caixa relacionada à construção do projeto Borborema, no Rio Grande do Norte, que consumiu US$ 14,6 milhões no período.
Além disso, a Aura distribuiu US$ 25,4 milhões em dividendos em junho e recomprou US$ 3,6 milhões em ações. Segundo Rodrigo Barbosa, a taxa de retorno da companhia foi de 8,8% nos últimos 12 meses.
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Desempenho do Ouro e Perspectivas Futuras
Após alcançar uma máxima histórica na semana passada, o ouro para dezembro fechou em baixa de 1% nesta segunda-feira, sendo cotado a US$ 2.444,40 por onça troy na divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A valorização do ouro nos primeiros meses do ano foi um dos principais impulsionadores dos resultados da Aura Minerals, e a empresa continua otimista quanto ao desempenho do metal precioso. A expectativa é de que o preço do ouro continue em alta, o que deve beneficiar os resultados da empresa no segundo semestre de 2024.
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