Nesta segunda-feira (28), um novo levantamento da Confederação da Indústria Britânica (CBI) revelou que as vendas no varejo do Reino Unido caíram em abril, mas a um ritmo mais lento do que o observado em março. Apesar da leve melhora, as expectativas para maio continuam preocupantes, refletindo um cenário de confiança fragilizada entre consumidores e empresas.
O índice mensal do CBI, que compara as vendas no varejo do Reino Unido em relação ao ano anterior, subiu para -8 em abril, o melhor resultado desde outubro de 2024. Em março, o índice havia registrado -41, o pior patamar desde julho de 2024. Apesar da desaceleração na queda, o ambiente econômico segue desafiador.
Tabela de desempenho das vendas no varejo do Reino Unido:
Mês | Índice de Vendas | Observação |
---|---|---|
Março 2025 | -41 | Pior resultado desde julho de 2024 |
Abril 2025 | -8 | Melhor resultado desde outubro |
Previsão para Maio 2025 | -33 | Perspectiva negativa |
Segundo Martin Sartorius, economista principal do CBI, “os volumes anuais de vendas no varejo caíram mais lentamente em abril, mas as empresas continuam pessimistas quanto às perspectivas devido ao impacto das medidas do Orçamento de Outono, ao sentimento do consumidor persistentemente fraco e à incerteza econômica global”.
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Fatores que influenciam as vendas no varejo do Reino Unido
O principal motivo para o desaquecimento nas vendas no varejo do Reino Unido é a combinação de pressões inflacionárias, alta das contas domésticas e incertezas em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Mesmo com dados oficiais apontando aumento nas vendas em março, o sentimento entre consumidores segue cauteloso.
Ademais, o CBI também observou uma queda acentuada nos volumes anuais de vendas no atacado. Em abril, o índice do atacado recuou para -33, contra -29 em março, a maior contração desde janeiro de 2021.
Tabela de variação das vendas no atacado:
Mês | Vendas no Atacado |
Março 2025 | -29 |
Abril 2025 | -33 |
O CBI destacou que as expectativas para o atacado também são negativas para maio, sugerindo que a pressão sobre o setor de distribuição deve continuar.
Impactos futuros nas vendas no varejo do Reino Unido
O cenário de vendas no varejo do Reino Unido indica que a recuperação plena ainda deve demorar a se consolidar. A pressão sobre o poder de compra das famílias e a falta de perspectiva de crescimento robusto mantêm o setor em alerta.
Martin Sartorius reforçou que “sem nenhuma recuperação nas vendas no horizonte, é fundamental que o governo utilize todas as ferramentas para aumentar a confiança empresarial e do consumidor”.
A guerra comercial deflagrada pelo governo Trump também adiciona um componente de incerteza, com potenciais impactos nas cadeias de suprimento e nos preços de produtos importados.
Expectativas para o próximo trimestre
A expectativa é que o mercado de trabalho britânico, historicamente forte, ofereça algum suporte ao consumo. Contudo, a persistência da inflação e a possibilidade de novos choques globais podem limitar uma retomada mais consistente das vendas no varejo do Reino Unido.
O CBI está solicitando medidas governamentais adicionais, como estímulos fiscais ou apoio direto aos setores mais atingidos, para tentar reverter o quadro negativo.
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Ritmo de queda diminui
Apesar de o ritmo de queda nas vendas no varejo do Reino Unido ter diminuído em abril, as perspectivas continuam sombrias. A combinação de alta nos custos, incertezas políticas e deterioração do sentimento do consumidor cria um ambiente desafiador para o varejo britânico nos próximos meses.
Para investidores e analistas, o foco permanecerá na evolução dos indicadores de confiança, vendas futuras e nas respostas do governo britânico a esses desafios.