A venda de pré-precatórios ao Banco Master realizada entre 2019 e 2022 é alvo de uma ação judicial movida pela nova administração do Grupo João Santos, dono da Cimentos Nassau. A empresa contesta o repasse de cerca de R$ 2 bilhões em créditos judiciais ao então Banco Máxima, hoje Banco Master, sob a suspeita de irregularidades.
Auditoria interna levantou dúvidas sobre as operações
As transações foram consideradas suspeitas após uma auditoria interna da nova gestão do grupo, que assumiu após a destituição da administração anterior. A ação pede a anulação das vendas, levantando questionamentos sobre falta de transparência, sobrevalorização dos ativos e possível má-fé contratual.
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O que são pré-precatórios e por que isso importa
Pré-precatórios são créditos judiciais ainda em fase de tramitação, antes de virarem precatórios formalizados. São ativos de alto risco e, por isso, negociados com deságio. No entanto, quando precificados de forma exagerada, podem levantar suspeitas de manipulação de balanço ou fraude.
Banco Master e as investigações anteriores
O Banco Master já foi alvo de investigações da Polícia Federal por operações com precatórios de fundos ligados ao próprio banco. Em um dos casos, comprou ativos por R$ 320 milhões que haviam sido adquiridos dias antes por R$ 136 milhões — valorização de 235%.
O BC também editou norma em 2023 que permitiu não contabilizar risco desses ativos no balanço. Isso abriu margem para operações mais agressivas.
Venda do Master ao BRB excluiu precatórios
A preocupação com os ativos foi tanta que, em 2025, quando o Banco Master foi vendido ao BRB, os precatórios e pré-precatórios ficaram fora do acordo.
Esse contexto reforça a percepção de risco no mercado e ajuda a explicar por que a nova gestão do Grupo João Santos quer revisar tudo judicialmente.
Venda de pré-precatórios ao Banco Master: Falta transparência no processo
O processo judicial referente à venda de pré-precatórios ao Master corre sob sigilo, o que limita o acesso aos autos e impede a verificação completa das alegações feitas pela nova gestão do Grupo João Santos. Por isso, termos como “má-fé contratual” são mencionados de forma genérica e não representam, neste momento, uma acusação judicial formalizada.
Importante destacar que a veracidade das supostas irregularidades ainda não foi analisada ou confirmada pela Justiça. A ação está em fase inicial e não há decisão definitiva sobre os pedidos de anulação das transações.
Até o momento, o processo corre sob sigilo, o que limita o acesso aos detalhes das alegações. Mas o movimento do grupo se soma a uma crescente onda de alerta sobre os bastidores do mercado de precatórios no Brasil.
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