Segundo informações divulgadas hoje pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), em colaboração com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), as vendas de materiais de construção em janeiro de 2024 apresentaram uma redução de 2% em comparação com o mesmo período de 2023. Além disso, em relação a dezembro, houve um recuo de 1,7%. No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, as vendas diminuíram 1,9%.
Os dados fornecidos já estão ajustados para a inflação. O levantamento apontou que o setor de materiais básicos, que inclui produtos como areia, cimento e vergalhões, foi o mais afetado, registrando uma queda de 2,5% nas vendas em janeiro, comparado ao ano anterior. Enquanto isso, os materiais de acabamento apresentaram uma redução de 1,2% nas vendas.
Para o ano de 2024, a previsão conjunta da Abramat e da FGV é de um aumento de 2,0% no faturamento total dos materiais de construção, ajustado para a inflação, em relação a 2023.
Apesar do início do ano ter sido desafiador para o setor, as expectativas de recuperação ao longo do ano são impulsionadas pela retomada de obras públicas e de infraestrutura, além do avanço dos lançamentos residenciais do programa Minha Casa Minha Vida.
Outros fatores que contribuem para essa expectativa de recuperação incluem a redução da taxa básica de juros, a manutenção da inflação sob controle e o aumento do número de empregos, o que impulsiona a capacidade de consumo de materiais de construção.
“Todos esses elementos podem colaborar para um ano robusto para o nosso setor”, comentou Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, em comunicado oficial.