O preço da soja no mercado interno brasileiro segue em queda neste mês de julho, contrariando a tendência de alta observada em junho. De acordo com o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base em Paranaguá (PR), a soja acumulou uma retração de 3,56% até quinta-feira (11/7), quando foi cotada a R$ 134,96 por saca.
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Movimentações no Mercado
A consultoria Agrifatto avaliou que “os futuros do grão apresentaram ganhos tímidos durante a última quinta-feira. Apesar do recuo do Índice Dólar e da valorização do óleo de soja, ambos positivos para o movimento de alta do grão, o fraco ritmo do programa de exportação norte-americano de soja retirou o ímpeto de alta das cotações”.
Estimativas de Produção
No mesmo dia, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve sua estimativa para a safra de soja no Brasil em 147,34 milhões de toneladas para a temporada 2023/24. Esse volume é 7,27 milhões de toneladas inferior à colheita anterior, refletindo as dificuldades enfrentadas pelos produtores brasileiros.
Preços da Soja pelo Brasil
Um levantamento realizado pela Scot Consultoria mostrou os preços da soja em diversas regiões do Brasil. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca de soja estava valendo R$ 120; em Rio Verde (GO), R$ 119,50; em Balsas (MA), R$ 117; no Triângulo Mineiro, R$ 119; em Dourados (MS), R$ 121; e em Sorriso (MT) e Lucas do Rio Verde (MT), R$ 114. Nos portos, a saca de soja foi cotada a R$ 137 em Santos (SP) e R$ 136 em Rio Grande (RS).
Cenário do Milho
As cotações do milho também seguem em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, principalmente nas áreas do Centro-Oeste, onde a oferta da segunda safra aumentou devido à intensificação da colheita. As estimativas divulgadas recentemente, apontando reajustes positivos na produção, também influenciaram as desvalorizações internas. Mesmo com as baixas de preços, os pesquisadores do Cepea explicam que os compradores estão afastados do mercado spot nacional, aguardando recuos maiores, enquanto os vendedores se mostram mais ativos.
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O clima continua sendo um fator importante no radar dos agricultores brasileiros. As chuvas estão limitando o avanço da colheita em partes do Sul e Sudeste, enquanto o tempo seco pode reduzir a produtividade no Centro-Oeste.