O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23) que não há risco de recessão no Brasil, mesmo diante do agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Segundo ele, o país continua em trajetória de crescimento, ainda que em ritmo mais moderado do que nos anos anteriores.
“Não vejo risco de recessão no Brasil”, declarou o ministro durante o evento Pulso Econômico: As Novas Regras do Jogo, promovido pela CNN.
A fala de Haddad vem em um momento de incerteza internacional, marcado por tarifas comerciais entre as maiores potências econômicas e volatilidade nos mercados globais.
Guerra comercial não deve travar a economia brasileira
A guerra comercial entre China e Estados Unidos, que tem elevado tarifas de importação e dificultado o fluxo de cadeias produtivas, foi apontada por Haddad como uma variável relevante, mas ainda longe de representar um colapso para a economia brasileira.
“É difícil acreditar que essas tarifas vão se manter. Isso desorganiza demais as cadeias globais”, afirmou.
Ainda assim, o ministro reconheceu que o Brasil monitora com atenção os desdobramentos do conflito, principalmente seus impactos sobre a balança comercial e o câmbio. Apesar disso, reiterou que o governo não vê motivos para temer uma recessão no Brasil.
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Economia em crescimento moderado e sustentável
Haddad afirmou que o país segue crescendo, mas em um ritmo mais “ajustado” do que nos dois anos anteriores, o que, segundo ele, é necessário para conter pressões inflacionárias e manter a política monetária sob controle.
“Às vezes é necessário desacelerar para evitar que a inflação se retroalimente. Isso faz parte da responsabilidade macroeconômica”, explicou.
A projeção oficial da equipe econômica é de crescimento de 2,5% do PIB em 2025, número que, segundo Haddad, continua sólido mesmo diante de uma desaceleração global.
Inflação sob controle é prioridade
Ao destacar que uma expansão mais lenta da atividade pode contribuir para manter a inflação dentro da meta, Haddad deixou claro que não comprometerá o controle de preços em prol de um crescimento artificial.
Ele reforçou que a Fazenda tem atuado em coordenação com o Banco Central para garantir que o Brasil mantenha um ambiente de previsibilidade, essencial para afastar qualquer risco de recessão no Brasil.
Imposto de Renda: reforma com responsabilidade social
O ministro também comentou a proposta de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil. Segundo Haddad, a medida deve vir acompanhada de uma tributação mais justa dos super-ricos, sob pena de perder qualidade na reforma.
“Você está isentando alguém que deveria contribuir com o mínimo. Isso sem cobrar quem realmente tem maior capacidade contributiva. Aí a conta não fecha”, disse.
Ele comparou o cenário a um “morador de cobertura que não paga condomínio”, criticando privilégios no topo da pirâmide social.
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O que dizem os analistas sobre risco de recessão no Brasil?
Apesar do tom otimista do ministro, analistas do setor financeiro seguem divididos sobre os riscos à frente. Para parte do mercado, a combinação de juros ainda elevados, incertezas fiscais e cenário externo desafiador pode exigir atenção redobrada nos próximos trimestres.
No entanto, dados recentes do mercado de trabalho, consumo interno e produção industrial apontam para uma atividade econômica resiliente, o que sustenta a confiança do governo em evitar uma recessão no Brasil.
Fiscal, arcabouço e responsabilidade
Haddad reafirmou o compromisso com a responsabilidade fiscal, destacando o papel do novo arcabouço fiscal aprovado no Congresso como instrumento de equilíbrio das contas públicas. Segundo ele, as medidas implementadas desde o início do governo Lula visam garantir estabilidade e previsibilidade para investidores e empresários.
Esse ambiente é considerado crucial para que o país continue crescendo, atraia investimentos e mantenha a inflação sob controle — fatores que, segundo o ministro, tornam improvável qualquer risco de recessão no Brasil.
Brasil mantém ritmo positivo em cenário global desafiador
Em meio às turbulências externas provocadas pela guerra comercial e às dúvidas sobre o crescimento global, o Brasil tenta manter a rota de equilíbrio entre crescimento e estabilidade. A avaliação de Fernando Haddad de que não há risco de recessão no Brasil reflete não apenas os indicadores atuais, mas também a convicção do governo em sua política econômica.
Se o ambiente fiscal for mantido sob controle, e as reformas estruturais forem aprovadas, o país pode seguir resistindo aos choques externos e consolidar seu papel como destaque entre os emergentes.
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