Título: Petrobras revela nova política de dividendos e analistas expressam opiniões mistas
A Petrobras divulgou sua aguardada revisão da política de dividendos, que era esperada pelo mercado com grande interesse. Os analistas avaliam que essa política é fundamental para a tese de investimento na empresa. Entretanto, a divulgação não se mostrou um catalisador tão forte quanto alguns esperavam, com as estimativas de pagamentos futuros permanecendo praticamente inalteradas.
As principais mudanças na nova política incluem um pagamento de 45% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e o capex, abaixo dos 60% que eram praticados anteriormente. Além disso, a revisão do covenant de dívida bruta para distribuição de dividendos, atualmente em US$ 65 bilhões, também é mencionada, assim como o capex, que agora inclui M&A (Fusões e Aquisições). Outra possibilidade é o lançamento de um programa de recompra de ações.
A reação do mercado a essas mudanças é mista. Embora a nova política seja vista como uma alocação racional de capital, ela também introduz uma camada de subjetividade em algumas métricas importantes. Analistas destacam que o payout de 45% representa um evento de redução de risco e preserva um dividend yield próximo de 10% no curto prazo. O fato de os investidores poderem receber dividendos trimestralmente e a empresa estabelecer uma nova distribuição mínima anual de US$ 4 bilhões, caso o preço médio do Brent esteja acima de US$ 40/bbl, também são fatores positivos mencionados.
Ainda assim, a postura geral em relação à Petrobras permanece neutra entre os analistas. Eles acreditam que uma expansão de múltiplos dependerá do mercado estar disposto a precificar dividendos extraordinários, descartar fusões e aquisições significativas e ficar mais confortável com a política de preços de combustíveis da empresa.
O relatório também menciona a cobertura da empresa Oncoclínicas, onde os analistas iniciam com uma recomendação de compra e um preço-alvo para 2024 de R$ 17,50, representando um potencial de valorização de 50%. Para a Oncoclínicas, a perspectiva é de crescimento sólido dos lucros nos próximos anos, o que resulta em um valuation atrativo.
Por fim, há uma análise dos possíveis impactos da Reforma Tributária para a Localiza. Os analistas destacam que essa reforma se tornou uma grande preocupação para a empresa. Eles avaliam cenários com base em diferentes modelos e concluem que a nova regulamentação tributária pode exigir um aumento de preços de 8% a 10%. Contudo, os riscos da precificação são reduzidos pelo longo período de transição tributária.
Essas são as últimas análises apresentadas pelos analistas sobre a Petrobras, a Oncoclínicas e a Localiza, fornecendo informações importantes para os investidores interessados nesses setores.