O preço do ovo está em queda livre. Segundo levantamento do Cepea/Esalq, as médias mensais de maio registraram recuo superior a 10%, atingindo os menores níveis desde janeiro de 2025 em todas as regiões acompanhadas pelo centro de pesquisa.
A forte desvalorização tem sido atribuída a dois fatores principais: queda na demanda e aumento da oferta em algumas áreas do país. Ou seja, não há, por enquanto, impacto direto no preço do ovo decorrente do recente caso de gripe aviária (IAAP) confirmado no Rio Grande do Sul.
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Demanda retraída e excesso de oferta pressionam o mercado
O consumo de ovos, que costuma ser estável, teve retração neste mês de maio. Aliado a isso, a oferta elevada em diversas praças aumentou a pressão sobre os preços. Com mais produto disponível e menor ritmo de compras, os valores praticados naturalmente recuaram.
Segundo o Cepea, esse cenário fez com que o preço médio mensal dos ovos ficasse abaixo do patamar registrado nos quatro primeiros meses do ano, surpreendendo parte dos produtores.
Gripe aviária preocupa, mas ainda sem reflexo direto nos preços
Apesar da confirmação do primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial em Montenegro (RS), o Cepea esclarece que a queda do preço do ovo não está relacionada a esse episódio.
Colaboradores do setor, no entanto, demonstram preocupação com os possíveis desdobramentos da doença. Ainda que os impactos no mercado de ovos não tenham se concretizado até o momento, o alerta sanitário permanece.
“É cedo para mensurar os efeitos da gripe aviária sobre os preços. Mas o setor está atento e adotando medidas de biosseguridade para evitar prejuízos maiores”, relatou um analista ouvido pelo centro de pesquisa.
Preço do ovo: Expectativa para os próximos meses
Com o mês de maio caminhando para o fim, o mercado acompanha com atenção os próximos passos da demanda e possíveis efeitos tardios da gripe aviária sobre o comportamento de compra do consumidor.
Para os produtores, o cenário é desafiador: queda de receita em um ambiente de custos ainda pressionados, especialmente com ração e transporte. Já para o consumidor, a tendência é de alívio no bolso, pelo menos no curto prazo.
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