Taxa de desocupação no Brasil
A taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024, marcando uma queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril de 2024, que registrou 7,5%) e uma redução de 1,1 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2023 (7,9%). Este é o menor índice de desocupação para um trimestre encerrado em julho desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012, destacando um avanço significativo no mercado de trabalho brasileiro.
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O contingente de pessoas desocupadas, que agora totaliza 7,4 milhões, também apresentou queda expressiva, recuando 9,5% em relação ao trimestre anterior e 12,8% na comparação anual. Esses números refletem a contínua recuperação da economia brasileira e a criação de novos postos de trabalho, que estão ajudando a absorver a força de trabalho disponível. A redução na desocupação é um sinal positivo para a economia do país, mas ainda há desafios, especialmente no que diz respeito à qualidade das novas ocupações criadas.
Crescimento da População Ocupada e Nível de Ocupação Recorde
A população ocupada atingiu a marca histórica de 102 milhões de pessoas, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,7% comparado ao mesmo período do ano passado. O nível de ocupação, que representa o percentual de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, chegou a 57,9%, o maior índice desde 2014. Esse crescimento reflete a resiliência do mercado de trabalho brasileiro, mesmo diante das incertezas econômicas globais.
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Setores como o comércio, a administração pública e os serviços sociais têm contribuído significativamente para essa expansão. No entanto, a informalidade ainda permanece alta, com 38,7% da população ocupada trabalhando sem carteira assinada. Esse dado revela que, embora mais brasileiros estejam empregados, muitos ainda se encontram em posições precárias e sem os benefícios de uma contratação formal.
Rendimento Médio Real e Massa de Rendimento em Crescimento
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores, que ficou em R$ 3.206, apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas registrou um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento no rendimento médio é um sinal positivo, indicando que os trabalhadores estão ganhando mais, o que pode contribuir para o aumento do consumo e, consequentemente, para o crescimento econômico.
A massa de rendimento real habitual, que totalizou R$ 322,4 bilhões, também cresceu 1,9% no trimestre e 7,9% no ano, refletindo o aumento no número de pessoas empregadas e no rendimento médio. Essa expansão na massa salarial é fundamental para sustentar o consumo interno, que é um dos principais motores da economia brasileira.
Taxa de Subutilização e Desalento: Indicadores em Melhora
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, desocupadas e a força de trabalho potencial, recuou para 16,2% no trimestre encerrado em julho. Esse índice representa uma melhora tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período de 2023, indicando que menos pessoas estão subutilizadas no mercado de trabalho.
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A população desalentada, que são aqueles que desistiram de procurar emprego devido à falta de oportunidades, chegou ao menor contingente desde 2016, totalizando 3,2 milhões de pessoas. Essa redução no desalento é um sinal de que mais brasileiros estão voltando a buscar emprego, impulsionados pela melhora nas condições do mercado de trabalho.
Crescimento em Setores Chave e Estabilidade em Outros
Os setores de comércio, administração pública e serviços sociais mostraram crescimento significativo no número de pessoas ocupadas, enquanto outros setores, como a agricultura e a construção, não apresentaram variações significativas. O comércio, em particular, tem se beneficiado da recuperação do consumo interno, que tem impulsionado a demanda por bens e serviços.
No entanto, a estabilidade em setores como a agricultura e a construção indica que esses segmentos ainda enfrentam desafios para aumentar a empregabilidade, possivelmente devido a fatores sazonais e ao impacto das condições climáticas adversas. Esses setores são cruciais para a economia brasileira, e o governo pode precisar implementar políticas específicas para incentivá-los e promover a criação de empregos.
