O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, na comparação com o trimestre anterior. O dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmou as expectativas do mercado, que projetava um avanço na mesma magnitude, segundo o consenso LSEG de analistas.
Apesar do desempenho positivo, houve desaceleração em relação ao segundo trimestre, que registrou alta de 1,4%. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 2,98 trilhões, consolidando o avanço da economia brasileira no período.
Na comparação anual, o crescimento foi de 4%, ligeiramente acima dos 3,9% projetados pelos analistas. Esse resultado reflete uma base de comparação mais fraca no terceiro trimestre de 2023, além do fortalecimento de setores como serviços e exportações.
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O Desempenho dos Setores
O crescimento do PIB do Brasil no terceiro trimestre foi impulsionado por setores estratégicos, com destaque para serviços e exportações. No entanto, a desaceleração em relação ao trimestre anterior reflete o impacto de fatores externos e a redução do ritmo de consumo interno.
- Serviços: Continuam como o principal motor do crescimento econômico, sustentados por recuperação na demanda interna e maior oferta de crédito.
- Indústria: Embora com desempenho estável, enfrenta desafios como custos elevados de insumos e incertezas regulatórias.
- Agronegócio: Permanece resiliente, mas sem o mesmo ímpeto observado no início do ano.
Esse equilíbrio setorial garantiu que o PIB do Brasil seguisse em trajetória positiva, apesar de fatores adversos, como a volatilidade do dólar e a desaceleração de grandes economias globais.
PIB do Brasil: Comparação Anual e Contexto Internacional
Na comparação com o mesmo período de 2023, o PIB brasileiro cresceu 4%, superando ligeiramente as expectativas do mercado. Esse avanço reflete um conjunto de fatores, incluindo:
- Exportações robustas, especialmente de commodities agrícolas.
- Estabilidade do consumo interno, impulsionado por programas sociais e melhora gradual no mercado de trabalho.
No entanto, no cenário internacional, o Brasil enfrenta desafios. A desaceleração da economia chinesa, um importante parceiro comercial, e a volatilidade cambial trazem incertezas para o comércio exterior.
O fortalecimento do dólar no mercado global também pressiona os custos de importação e impacta setores dependentes de insumos estrangeiros.
Projeções para o Quarto Trimestre e 2024
Economistas projetam que o PIB do Brasil continuará crescendo no quarto trimestre de 2024, embora em ritmo moderado. A expectativa é de um fechamento do ano com crescimento acumulado próximo a 3,2%, sustentado por:
- Exportações de commodities agrícolas e minerais.
- Estabilidade no mercado de trabalho, com taxas de desemprego em baixa histórica.
- Controle da inflação, permitindo maior poder de compra.
Para 2025, as projeções indicam um crescimento mais modesto, refletindo os desafios do cenário internacional e a possível continuidade de políticas monetárias restritivas em grandes economias.
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Dólar Recua com Dados Econômicos do Brasil e dos EUA
O dólar comercial iniciou esta terça-feira (3) em baixa frente ao real, refletindo os dados do PIB brasileiro e a expectativa por novos números de emprego nos Estados Unidos. Às 9h17, a moeda estava cotada a R$ 6,043 na venda, uma queda de 0,44% em relação ao fechamento anterior, quando atingiu o recorde nominal de R$ 6,065.
A movimentação ocorre em linha com o desempenho em outros mercados emergentes, onde as moedas também apresentaram fortalecimento após um período de pressão pela valorização do dólar no mercado global.
Movimentações do Banco Central e Cenário Internacional
Para conter a volatilidade cambial, o Banco Central do Brasil anunciou leilões de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional nesta sessão, buscando rolar vencimentos previstos para 2 de janeiro de 2025. Essas operações ajudam a fornecer liquidez ao mercado e a mitigar flutuações abruptas na taxa de câmbio.
Enquanto isso, no cenário externo, o dólar manteve força relativa contra moedas de grandes economias. A turbulência política na França afetou o euro, enquanto a fraqueza da economia chinesa levou o yuan ao menor nível em um ano. Por outro lado, o iene japonês se valorizou, com investidores apostando que o Banco do Japão poderá elevar as taxas de juros em breve.
Cotação do Dólar Hoje
Dólar Comercial
- Compra: R$ 6,043
- Venda: R$ 6,043
Dólar Turismo
- Compra: R$ 6,109
- Venda: R$ 6,289
Na B3, o contrato futuro de dólar para janeiro, o mais líquido no mercado brasileiro, registrava queda de 0,24%, cotado a R$ 6,064.
Expectativas para os Dados de Emprego nos EUA
Outro fator importante que influencia o comportamento do dólar é a expectativa pelos dados de emprego dos Estados Unidos. O mercado aguarda os números de geração de empregos e a taxa de desemprego, que serão divulgados em breve.
Indicadores robustos podem reforçar a perspectiva de manutenção de juros elevados pelo Federal Reserve, o que tende a sustentar a força do dólar globalmente. No entanto, se os números vierem abaixo do esperado, pode haver um alívio nas apostas de juros, reduzindo a pressão sobre moedas de mercados emergentes, como o real.
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Cenário Cambial e Perspectivas
O desempenho do dólar frente ao real reflete uma combinação de fatores domésticos e internacionais. Os números positivos do PIB brasileiro, aliados ao suporte técnico do Banco Central, ajudaram a estabilizar a moeda nesta sessão.
No entanto, o contexto global segue desafiador, com o dólar ainda se beneficiando de sua posição como moeda de reserva internacional. A alta acumulada do dólar, que recentemente ultrapassou a marca de R$ 6,00, ressalta a necessidade de monitorar variáveis externas, como as decisões de política monetária nos EUA e os impactos da desaceleração da economia chinesa.
A queda do dólar nesta terça-feira (3) reflete tanto os números sólidos do PIB do Brasil quanto as expectativas por novos dados de emprego nos Estados Unidos. O real se fortaleceu após as pressões recentes que levaram a moeda americana a um recorde nominal na véspera.
Os próximos dias serão decisivos para o mercado cambial, com o Banco Central atuando para mitigar a volatilidade e os investidores atentos ao cenário internacional. A perspectiva de estabilidade dependerá de como os fatores domésticos e externos se alinharão nas próximas semanas.