A Petrobras deve anunciar um Ebitda ajustado de US$ 10,4 bilhões (equivalente a R$ 59,16 bilhões) no quarto trimestre de 2024 (4T24), de acordo com análise do Goldman Sachs. O banco acredita que esse desempenho deve se refletir na distribuição de dividendos de aproximadamente R$ 13,65 bilhões, com base na atual política de remuneração da estatal.
O mercado está atento à divulgação oficial dos números da Petrobras, que acontecerá no próximo dia 26 de fevereiro. Além dos dividendos ordinários, existe a expectativa de que a companhia também possa aprovar um novo pagamento de dividendos extraordinários, dado o forte desempenho financeiro da estatal.
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Petrobras deve anunciar mais dividendos em 2025?
A Petrobras deve anunciar em sua teleconferência de resultados detalhes sobre sua alocação de capital, incluindo possíveis fusões e aquisições no setor de etanol e as perspectivas para a distribuição de dividendos ao longo de 2025.
O Goldman Sachs estima que os dividendos ordinários representarão 11% do rendimento da Petrobras neste ano, enquanto o fluxo de caixa livre (FCF) deve atingir 13%. Com isso, ainda haveria uma margem para novos pagamentos adicionais aos acionistas.
Contudo, os analistas do Goldman ponderam que a Petrobras já anunciou cerca de US$ 3 bilhões em dividendos extraordinários recentemente, o que pode limitar o espaço para uma nova rodada de pagamentos extraordinários no curto prazo.
Ebitda da Petrobras no 4T24: impacto nos dividendos
O Ebitda ajustado da Petrobras no 4T24, projetado em US$ 10,4 bilhões, está ligeiramente abaixo do consenso de mercado, mas ainda assim indica um desempenho robusto da estatal.
A empresa segue com uma posição de caixa bastante confortável, estimada entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões, valor significativamente superior ao mínimo exigido no último plano estratégico, que é de US$ 6 bilhões.
Esse cenário reforça a expectativa de que a Petrobras deve anunciar uma distribuição consistente de dividendos, mantendo o pagamento atrativo para acionistas.
Dividendos extraordinários: possibilidade existe, mas deve ser menor
A Petrobras deve anunciar sua decisão sobre dividendos extraordinários na teleconferência de resultados, mas os analistas do Goldman Sachs acreditam que, se houver, o montante será menor do que nos anos anteriores.
Isso ocorre porque os dividendos ordinários já devem cobrir grande parte do fluxo de caixa livre da empresa em 2025, reduzindo a necessidade de pagamentos adicionais.
No entanto, com o caixa forte e um cenário de menor endividamento, a Petrobras pode surpreender o mercado com uma nova rodada de dividendos extraordinários ao longo do ano, dependendo da evolução dos preços do petróleo e das decisões do governo sobre a política de distribuição de proventos.
O que esperar para as ações da Petrobras?
O Goldman Sachs mantém uma recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com um preço-alvo de R$ 41,30. Isso representa um potencial de valorização de 9,6% em relação à cotação atual.
A valorização dos papéis da Petrobras dependerá de alguns fatores-chave, como:
- Política de dividendos: se a Petrobras confirmar novos dividendos extraordinários, as ações podem reagir positivamente.
- Preço do petróleo: a cotação do barril no mercado internacional impacta diretamente a geração de caixa da estatal.
- Interferência governamental: mudanças na governança e possíveis alterações na política de preços podem gerar volatilidade no papel.
O mercado segue monitorando a gestão da estatal, especialmente no que diz respeito às decisões estratégicas de investimentos e distribuição de lucros.
Petrobras deve anunciar dividendos
A Petrobras deve anunciar um pagamento robusto de R$ 13,65 bilhões em dividendos com base no seu desempenho no 4T24, segundo estimativas do Goldman Sachs.
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Embora haja expectativa de um possível anúncio de dividendos extraordinários, o valor deve ser inferior ao de anos anteriores, já que os dividendos ordinários devem cobrir boa parte do fluxo de caixa da empresa em 2025.
Com um caixa sólido e uma posição financeira equilibrada, a estatal segue atraente para investidores que buscam retorno via dividendos, especialmente em um cenário de alta do petróleo e recuperação econômica global.
As ações da Petrobras (PETR4) continuam sendo uma aposta relevante para o mercado, mas a interferência política e as decisões sobre reinvestimento de capital seguem sendo pontos de atenção para os investidores.
A divulgação oficial do balanço do 4T24 da Petrobras ocorrerá em 26 de fevereiro, e o mercado acompanhará de perto os detalhes do anúncio.