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O Ibovespa caiu 3,18% nas nove primeiras sessões de agosto, maior sequência desde 1998

O Ibovespa caiu 3,18% nas nove primeiras sessões de agosto, maior sequência desde 1998

Maior sequência negativa em 25 anos. O Ibovespa fechou em queda de 0,24% nesta sexta-feira (12), com Petrobras e Vale pressionando o índice.

Em meio à agitação em torno da Petrobras e sua influência marcante no Ibovespa, o índice da B3 alcançou hoje o seu nono dia consecutivo de fechamento no vermelho. Tal sequência de resultados adversos não era testemunhada desde o período entre 31 de julho e 12 de agosto de 1998, quando o Brasil entrava em meio à crise financeira russa. Este evento global tumultuoso culminou em uma ação drástica do Banco Central brasileiro, que aumentou abruptamente a taxa de referência para quase 50% ao ano, uma medida para conter a fuga de capital do país.

Há um quarto de século, o Ibovespa caiu de 10.939 pontos no fechamento anterior (30 de julho) para 8.417 pontos no final da sequência, em 12 de agosto de 1998. As perdas diárias variaram de 0,31%, em 5 de agosto, a 5,31%, em 4 de agosto.

Apesar da extensão semelhante da série de quedas, o ajuste atual do Ibovespa é mais moderado, com a taxa Selic a 13,25% e um cenário global menos agitado, embora preocupações sobre o abrandamento da atividade na China e as políticas monetárias nas maiores economias persistam. Consequentemente, o índice da B3 teve uma redução de 3,18% nas nove primeiras sessões de agosto e 1,21% na semana, marcando a terceira semana consecutiva de retração. O avanço anual foi contido em 7,59%.

Hoje, o Ibovespa flutuou entre 117.415,21 e 119.053,92 pontos, após abrir em 118.349,60, encerrando o dia com uma queda de 0,24%, atingindo 118.065,14 pontos, o menor patamar desde 19 de julho, quando chegou a 117.552,07 pontos. A movimentação financeira aumentou para R$ 25,9 bilhões nesta última sessão da semana.

Este dia, que se revelou fraco e permaneceu assim para as ações de maior peso no Ibovespa, viu a Petrobras perder impulso à tarde, afetando significativamente o índice da B3, que se aproximou da metade de agosto com quedas. Enquanto bancos como BB (+1,09%), Santander (Unit +0,52%) e Itaú (PN +0,18%) escaparam do fechamento negativo, Vale (ON -0,83%) e outras empresas do setor metálico, como Gerdau (PN -0,85%), continuaram enfrentando incertezas quanto à demanda chinesa. A China, nesta semana, confirmou sua primeira deflação desde 2021.

A forte exposição da B3 às commodities tem resultado na saída de investimentos estrangeiros, segundo analistas. “O investidor estrangeiro continua vendendo, tendo retirado R$ 6,2 bilhões neste mês. O setor de commodities continua enfrentando dificuldades, ligadas diretamente à China – a conexão é clara”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

As incertezas em torno dos preços dos combustíveis nacionais são outro fator que contribui para o cenário. “A elevação da recomendação do UBS para a Petrobras poderia até ter beneficiado a ação hoje, mas o mercado continua atento e preocupado com a política de preços dos combustíveis. As declarações de Jean Paul Prates (presidente da Petrobras) e do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) durante o lançamento do novo PAC, no Rio, não agradaram ao mercado”, acrescenta Monteiro. Ele destaca que os investidores permanecem atentos a indícios de “intervencionismo” na estatal.

Em um discurso carregado de tons políticos, Prates afirmou que a Petrobras, como empresa estatal, tem a obrigação de contribuir com o novo PAC e prometeu que a empresa aumentará suas encomendas de embarcações para impulsionar o setor de petróleo e gás nos próximos anos.

Silveira, por sua vez, mencionou o “abrasileiramento” dos preços dos combustíveis, um movimento que, segundo o ministro, beneficia o consumidor. Ele sustentou que a Petrobras possui “autonomia” para aumentar os preços e que os reajustes nas refinarias ocorrerão caso o preço do petróleo Brent continue subindo. O petróleo Brent foi negociado acima de US$ 86 por barril, mas as ações da Petrobras não acompanharam esse movimento de alta.

Na última sessão da semana, o dia começou positivamente com a divulgação do IPCA de julho. Apesar de ter superado as estimativas mensais ao atingir 0,12%, o índice trouxe boas notícias para os preços, especialmente no setor de serviços, com desempenho positivo também em grupos como Alimentos e Habitação. No entanto, o setor de Transporte foi decisivo para um ligeiro aumento da inflação em julho, elevando o acumulado em 12 meses para 3,99%.

Além das discussões sobre os combustíveis, o mercado está considerando a possibilidade de o Banco Central acelerar a redução das taxas de juros para um ritmo de 75 pontos-base (bps) em uma das próximas três reuniões do ano, caso a inflação de serviços (um aspecto que deixa o Copom cauteloso) continue a desacelerar, em conjunto com uma melhora adicional nas expectativas de inflação”, acrescenta a economista em comunicado.

Em um contexto em que não há um consenso claro sobre a inflação, o ritmo de corte de juros e os fatores microeconômicos, como as políticas de combustíveis em relação à lucratividade da Petrobras, o mercado está ajustando suas expectativas para o comportamento das ações no curto prazo, de acordo com o Termômetro Broadcast Bolsa. A perspectiva de ganhos, que dominava a pesquisa anterior com 63,64% dos participantes, agora representa 40,00%, enquanto a perspectiva de estabilidade ganha terreno, passando de 27,27% para 60,00%. A previsão de perdas, que estava em 9,09% na semana passada, não foi mencionada na pesquisa de hoje.

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