O mercado imobiliário da China, que representa uma parte significativa da produção económica do país, continua a enfrentar dificuldades, apesar dos esforços de estímulo do governo. Os compradores de casas, preocupados com as perspectivas económicas incertas, permaneceram cautelosos, e os promotores e agentes imobiliários relatam que as vendas ainda estão lentas. Embora Pequim tenha implementado medidas de estímulo, incluindo a redução dos custos de compra, estas medidas ainda não aumentaram significativamente a confiança dos compradores ou criaram nova procura.
Os preços das casas novas na China caíram pelo terceiro mês consecutivo em Setembro, uma queda de 0,2% em relação a Agosto, durante aquele que é tradicionalmente um período de pico de compra de casas. As vendas de imóveis e o investimento também registaram quedas de dois dígitos, caindo 19,8% e 18,7%, respetivamente. Estes números indicam que o mercado imobiliário da China ainda enfrenta desafios, apesar dos dados do PIB serem melhores do que o esperado.
Algumas áreas, como as principais cidades de Pequim e Xangai, viram os preços das novas casas subirem em Setembro, enquanto outras, como Shenzhen e Guangzhou, registaram quedas. No entanto, a procura continua fraca nas cidades mais pequenas com excesso de oferta.
A S&P Global Ratings reviu recentemente em baixa a sua previsão para as vendas de propriedades na China, esperando agora uma queda de 10%-15% em 2023 em comparação com o ano anterior, com novas quedas previstas em 2024. Os desafios económicos em curso estão a fazer com que potenciais compradores mantenham os seus dinheiro em vez de investir em novas casas.
As dificuldades do mercado imobiliário realçam a complexidade da situação económica da China, com a necessidade de confiança dos consumidores e de uma recuperação económica global para impulsionar o sector imobiliário.