IPCA de maio teve variação de 0,26%, segundo dados divulgados pelo IBGE. O resultado representa desaceleração frente ao índice de 0,43% registrado em abril. No acumulado do ano, a inflação soma 2,75%, enquanto em 12 meses o indicador alcança 5,32%, abaixo dos 5,53% observados no período anterior.
Habitação impulsiona IPCA de maio com energia elétrica em alta
O grupo Habitação registrou a maior variação mensal, com alta de 1,19% e impacto de 0,18 ponto percentual no IPCA de maio. O principal fator foi a energia elétrica residencial, que subiu 3,62%, reflexo da bandeira tarifária amarela. Essa cobrança adicionou R$ 1,885 por 100 kWh consumidos.
Foram observados reajustes em diversas capitais, com Recife (7,16%), Belo Horizonte (3,67%) e Aracaju (5,38%) entre os destaques. O gás encanado subiu no Rio de Janeiro (0,77%), e a taxa de água e esgoto foi reajustada em Recife, Porto Alegre, Rio Branco e Curitiba.
💸 Quer lucrar sem pagar juros? Clique aqui e aprenda como
IPCA de maio desacelera com queda nos alimentos
O grupo Alimentação e bebidas, de maior peso no IPCA, desacelerou de 0,82% em abril para 0,17% em maio. A alimentação no domicílio praticamente ficou estável (0,02%), influenciada pelas quedas de tomate (-13,52%), arroz (-4,00%) e ovo de galinha (-3,98%).
Do lado das altas, batata-inglesa (10,34%) e cebola (10,28%) puxaram os preços para cima. A alimentação fora do domicílio subiu 0,58%, com destaque para refeição (0,64%) e lanche (0,51%).
Transportes ajudam a frear o IPCA de maio
O grupo Transportes recuou 0,37%, com impacto negativo de 0,08 p.p. no índice. Passagens aéreas caíram 11,31% e combustíveis também recuaram: etanol (-0,91%), gasolina (-0,66%), gás veicular (-0,83%) e óleo diesel (-1,30%).
Houve variações regionais importantes com destaque para o ônibus urbano (0,54%) e metrô (1,37%), influenciados por políticas de gratuidade e reajustes locais.
Saúde e vestuário mantêm pressão moderada
O grupo Saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,54%, com reajustes em medicamentos (0,69%) e planos de saúde (0,57%). Em Vestuário, a alta foi de 0,41%, puxada por roupas femininas (0,84%).
Os Artigos de residência recuaram 0,27%, enquanto Educação permaneceu praticamente estável, com variação de apenas 0,05%.
🧠 Faça seu dinheiro virar patrimônio. Baixe grátis o guia
IPCA de maio nas regiões: Brasília lidera, Rio Branco estagna
A maior variação regional foi em Brasília (0,82%), impactada por energia elétrica (9,43%) e gasolina (2,60%). Em contrapartida, Rio Branco não registrou variação no mês, graças à queda no arroz e nos ovos.
INPC acompanha IPCA de maio e desacelera para 0,35%
O INPC teve alta de 0,35% em maio, com acumulado de 2,85% no ano e 5,20% em 12 meses. A queda nos alimentos foi o principal fator da desaceleração.
Brasília (1,24%) também liderou a variação do INPC, enquanto Rio Branco (0,09%) teve a menor, repetindo a influência de alimentos básicos na composição do índice.
IPCA de maio pode sinalizar estabilidade futura?
A leitura do IPCA de maio mostra desaceleração relevante em setores-chave como alimentos e transportes. Isso reforça um cenário de alívio momentâneo, mas ainda cercado de incertezas.
A inflação pode voltar a acelerar com novos reajustes tarifários e choques de oferta. O mercado deve observar atentamente os próximos movimentos da política monetária e seus efeitos no consumo.
Você acredita que a inflação seguirá recuando ou ainda há riscos no segundo semestre?