O IPCA-15 de Maio 2025, índice considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,36%, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração frente ao mês anterior, quando o indicador havia registrado alta de 0,43%.
No acumulado do ano, o IPCA-15 de Maio 2025 apresenta elevação de 2,80%. Em 12 meses, a taxa alcança 5,40%, levemente abaixo dos 5,49% registrados no período anterior.
Vestuário, energia e medicamentos puxam alta do IPCA-15 de Maio 2025
Entre os nove grupos pesquisados, os maiores impactos vieram de Vestuário (0,92%), Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%). O destaque do grupo de habitação foi a energia elétrica residencial, que subiu 1,68%, refletindo o retorno da bandeira tarifária amarela.
Os medicamentos também impactaram o IPCA-15 de Maio 2025. O aumento de 1,93% nos produtos farmacêuticos reflete o reajuste autorizado de até 5,09% nos preços, em vigor desde o final de março.
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Alimentação e bebidas: desaceleração no domicílio e fora dele
O grupo de Alimentação e bebidas registrou alta de 0,39% em maio, ante 1,14% em abril. No domicílio, a alta foi de 0,30%, influenciada pelas quedas no tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%). Por outro lado, batata-inglesa (21,75%) e cebola (6,14%) tiveram altas expressivas.
Na alimentação fora do domicílio (0,63%), houve desaceleração. O lanche subiu 0,84% e a refeição 0,49%, abaixo do registrado no mês anterior.
Transportes: passagens e combustíveis amenizam o IPCA-15 de Maio 2025
O grupo Transportes teve queda de 0,29%, influenciado pela redução nas passagens aéreas (-11,18%) e tarifas de ônibus urbano, com destaque para a tarifa zero aos domingos em Brasília e Belém.
O metrô (0,51%) foi impactado pelo reajuste de 5,33% no Rio de Janeiro e pela gratuidade em Brasília. Os combustíveis (0,11%) apresentaram comportamento misto: gasolina (0,14%) e etanol (0,54%) subiram, enquanto óleo diesel (-1,53%) e gás veicular (-0,96%) caíram.
IPCA-15 de Maio 2025 nas capitais brasileiras
Região | Peso Regional (%) | Variação Abril (%) | Variação Maio (%) | Acumulado no Ano (%) | Acumulado em 12 Meses (%) |
---|---|---|---|---|---|
Goiânia | 4,96 | -0,13 | 0,79 | 2,62 | 5,70 |
Fortaleza | 3,88 | 0,34 | 0,66 | 2,67 | 5,36 |
Belém | 4,46 | 0,33 | 0,65 | 3,02 | 5,25 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,88 | 0,63 | 3,27 | 5,29 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,36 | 0,42 | 2,83 | 5,92 |
São Paulo | 33,45 | 0,56 | 0,28 | 2,76 | 5,59 |
Brasília | 4,84 | -0,02 | 0,26 | 2,64 | 5,16 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,37 | 0,24 | 2,58 | 5,27 |
Recife | 4,71 | 0,34 | 0,22 | 2,57 | 4,28 |
Salvador | 7,19 | 0,27 | 0,20 | 2,70 | 4,68 |
Curitiba | 8,09 | 0,51 | 0,18 | 3,11 | 5,51 |
Brasil | 100,00 | 0,43 | 0,36 | 2,80 | 5,40 |
Considerações finais
O IPCA-15 de Maio 2025 mostra uma inflação em desaceleração, mas ainda pressionada por setores como energia, medicamentos e vestuário. Alimentos também continuam impactando, ainda que em menor grau.
Com a taxa em 5,40% nos últimos 12 meses, o indicador segue acima da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. Analistas acompanham com atenção os dados, especialmente diante do cenário externo adverso e das tarifas internacionais.
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