A inflação no México caiu para 4,79% no primeiro semestre, o menor nível em mais de dois anos, segundo dados do INEGI, a agência nacional de estatísticas. No entanto, o índice ainda está acima da meta de 3% do banco central.
O nível, que foi o menor desde março de 2021, foi também ligeiramente superior à previsão de 4,77% feita por economistas consultados pela Reuters.
Os dados do INEGI mostraram que a inflação núcleo anual, que exclui alguns preços voláteis de alimentos e energia, caiu para 6,76% nas duas primeiras semanas de julho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que o índice chegasse a 6,73%.
Jason Tuvey, economista-chefe de mercados emergentes da Capital Economics, disse que a inflação no México desacelerou, mas o aumento renovado da inflação nos serviços é uma preocupação para os formuladores de política monetária do Banco do México, conhecido como Banxico.
“O novo aumento da inflação nos serviços está sendo impulsionado pela força do mercado de trabalho e pelo crescimento salarial acelerado”, acrescentou.
A inflação nos serviços subiu 0,3%, o mesmo que no ano anterior.
Andres Abadia, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics para a América Latina, disse que o aumento do componente de serviços foi “principalmente devido a passagens aéreas mais caras e pacotes turísticos”.
No mês passado, o conselho do banco central do México decidiu por unanimidade manter a sua taxa de juros de referência em 11,25% e disse que pode precisar manter as taxas nos níveis atuais por um período prolongado para trazer a inflação para a meta.
O Banxico suspendeu as suas altas de juros em maio, depois de um ciclo de aperto de quase dois anos que começou em junho de 2021.