As estimativas para shopping centers para 2025 indicam um cenário de estabilidade operacional, mas sem grandes catalisadores de curto prazo que impulsionem uma valorização expressiva das ações. O valuation do setor segue atrativo, com múltiplos negociando abaixo da média histórica, mas a falta de novas expansões e aquisições limita o crescimento. Assim, fatores macroeconômicos, como inflação, taxa de juros e desempenho do varejo, devem ser os principais impulsionadores da performance dos shoppings ao longo do ano.
O cenário macroeconômico influencia as estimativas para shopping centers
As estimativas para shopping centers mostram que a economia desempenhará um papel central na valorização do setor. Com menos inaugurações e projetos de novos shoppings, a variação nas taxas de juros e no consumo será determinante para a performance das operadoras de shoppings.
A expectativa é de que os juros no Brasil permaneçam elevados, o que pode impactar o consumo e, consequentemente, as vendas nos shopping centers. Com um custo de capital mais alto, investidores tendem a ser mais cautelosos, o que pode dificultar uma rápida valorização das ações do setor.
Além disso, a confiança do consumidor, que atualmente se mantém estável, pode ser afetada por uma desaceleração do PIB. Se isso acontecer, a taxa de ocupação dos shoppings pode ser impactada, levando a um menor crescimento dos aluguéis e, consequentemente, a um impacto negativo no faturamento das operadoras.
O desempenho operacional dos shopping centers segue sólido
Mesmo diante de desafios econômicos, as estimativas para shopping centers indicam que o setor continua com boas métricas operacionais. O desempenho das vendas e o crescimento do aluguel por metro quadrado seguem positivos, demonstrando a resiliência do setor.
Indicador | 2024 | 2023 | Variação (%) |
---|---|---|---|
Crescimento das vendas (same store sales) | +7,8% | +6,2% | +1,6 p.p. |
Crescimento dos aluguéis (same store rent) | +5,1% | +4,5% | +0,6 p.p. |
Taxa de ocupação média | 95,2% | 94,5% | +0,7 p.p. |
Os lojistas continuam com uma capacidade de pagamento saudável, pois o custo de ocupação dos shoppings está dentro dos níveis históricos. Isso indica que o setor ainda oferece um ambiente favorável para o varejo, com equilíbrio entre vendas e custos operacionais.
Valuation atrativo, mas ainda sem gatilhos para valorização
O valuation das operadoras de shopping centers está abaixo do custo de reposição, o que sugere que o setor pode estar sendo negociado com desconto. No entanto, a ausência de catalisadores de curto prazo limita uma reprecificação mais rápida dos ativos.
Métrica | Valor Atual | Média Histórica | Diferença |
---|---|---|---|
P/FFO (Preço sobre Fluxo de Caixa Operacional) | 10,5x | 12,3x | -14,6% |
Cap Rate | 7,5% | 6,2% | +1,3 p.p. |
EV/EBITDA | 8,9x | 10,1x | -11,9% |
O desconto nos múltiplos pode ser explicado pela menor expansão do setor nos últimos anos. Com um mercado já consolidado e menos projetos de crescimento orgânico, a recuperação do consumo se torna essencial para impulsionar os resultados das empresas.
📘 Conheça as ações que distribuem os maiores dividendos e saiba como montar um portfólio rentável.
Principais apostas no setor de shopping centers
Dentro das estimativas para shopping centers, algumas empresas se destacam como as melhores opções para investimento em 2025.
Multiplan (MULT3) – A melhor opção no Brasil
A Multiplan se consolida como a principal aposta no setor, com um portfólio premium e estratégias de crescimento bem definidas.
- Valuation atrativo: negocia a 10,5x P/FFO para 2025, abaixo da média histórica.
- Portfólio premium: localização estratégica e shoppings dominantes em grandes centros urbanos.
- Foco na eficiência: otimização de custos e maior rentabilidade operacional.
A recente recompra de ações da OTPP fortaleceu a estrutura da empresa, aumentando o valor para os acionistas e consolidando sua posição no mercado.
Allos (ALSO3) – Portfólio renovado e crescimento estruturado
A Allos tem investido na reciclagem de ativos, vendendo shoppings menos rentáveis e focando em um portfólio mais estratégico e lucrativo.
- P/FFO de 7,5x para 2025, um dos mais baixos do setor.
- Alavancagem controlada, com dívida líquida/EBITDA de 1,7x.
- Projeção de retorno de 8% para os acionistas, via dividendos e recompra de ações.
Essa estratégia torna a Allos uma empresa mais preparada para enfrentar cenários econômicos desafiadores, garantindo maior estabilidade financeira no longo prazo.
Iguatemi (IGTI11) – Shoppings voltados para o público de alta renda
O Iguatemi aposta em shoppings premium voltados para consumidores de alta renda, garantindo uma base de clientes mais resiliente a crises econômicas.
- P/FFO de 8x para 2025, abaixo da média histórica.
- Cap rate de 15-16%, garantindo um bom retorno para investidores.
- Expansão do portfólio, com novas aquisições de shoppings estratégicos.
Com esse modelo de negócio, o Iguatemi tende a sofrer menos com oscilações macroeconômicas, mantendo uma performance estável ao longo do tempo.
💸 Quer viver de dividendos? Descubra as ações que podem garantir sua renda passiva em 2025!
O que esperar para os shopping centers em 2025?
As estimativas para shopping centers indicam que o setor seguirá resiliente, mas dependerá fortemente do cenário macroeconômico para apresentar uma valorização mais expressiva. Com menos projetos de expansão e fusões, a recuperação do consumo e a redução dos juros serão os principais fatores a serem monitorados.
No curto prazo, os investidores devem priorizar empresas com portfólios bem posicionados e gestão eficiente, como Multiplan, Iguatemi e Allos, que oferecem boas oportunidades de valorização.
A longo prazo, os shoppings permanecem como ativos defensivos, sem impacto significativo do e-commerce, e com taxas de ocupação elevadas e aluguéis sustentáveis, garantindo sua relevância no mercado.