O segundo semestre de 2024 se apresenta desafiador para os fundos imobiliários (FIIs), impactados por diversos fatores econômicos e políticos que trazem volatilidade ao mercado. Com a taxa Selic mantida em 10,5% ao ano, o ambiente de investimentos torna-se mais incerto, afetando especialmente os fundos de tijolo. Além disso, a recente reforma tributária trouxe preocupações adicionais, embora tenha mantido a isenção de impostos para FIIs e Fiagros.
Neste contexto, os fundos de tijolo, apesar de bons resultados operacionais, continuam enfrentando pressão devido ao cenário macroeconômico. A volatilidade elevada nos mercados tem afetado a dinâmica dos preços, o que exige uma análise cuidadosa ao considerar investimentos nesse setor.
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Os principais eventos do primeiro semestre, como o adiamento do corte na taxa de juros nos EUA pelo Federal Reserve e as incertezas políticas no Brasil, contribuíram para o aumento da percepção de risco, refletindo negativamente no mercado de FIIs. A abertura da curva de juros, por exemplo, causou uma queda de 1,7% nas cotas dos fundos de tijolo.
Para o segundo semestre, a expectativa é de que qualquer melhora no cenário de juros possa beneficiar os FIIs. No entanto, a situação requer monitoramento constante das políticas do Fed e das ações do governo brasileiro para equilibrar as contas públicas.
Segmentos em Destaque
- Lajes Corporativas: Apesar de uma leve melhora nos indicadores de ocupação, especialmente nas regiões de Faria Lima e Vila Olímpia em São Paulo, o segmento ainda exige cautela. A taxa de vacância elevada em outras regiões como Chucri Zaidan e Rio de Janeiro mantém os fundos fora desses eixos em uma posição desafiadora.
- Galpões Logísticos: Este segmento continua promissor, com capacidade de elevar preços de aluguéis, especialmente em regiões próximas a São Paulo e Extrema, MG. A demanda sólida e a baixa taxa de vacância sustentam uma perspectiva positiva, apesar dos juros elevados.
- Shopping Centers: Apesar do cenário de juros altos, o segmento de shopping centers tem apresentado bom desempenho operacional. No entanto, o crescimento dos aluguéis pode ser contido pela deflação do IGP-M, exigindo uma seleção cuidadosa de fundos.
- Renda Urbana: Com uma exposição a contratos atípicos e grande diversificação regional, este segmento é visto como uma boa opção para enfrentar o cenário econômico incerto, com potencial de elevação de dividendos através da venda de ativos.
- Recebíveis: Apesar da desaceleração dos juros e da inflação, o segmento de recebíveis ainda oferece boas oportunidades de investimento, com retorno estável e baixa volatilidade. A preferência continua sendo por fundos high/mid grade com boas garantias.
- Fundo de Fundos (FOFs): A dinâmica dos FOFs deve permanecer dependente do cenário macroeconômico. A performance pode seguir lateralizada até que haja uma sinalização mais clara de recuperação no mercado.
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