Os bancos dos EUA e Europa registraram quedas expressivas nas bolsas internacionais nesta sexta-feira (4), após a China anunciar uma retaliação direta ao pacote tarifário imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As tarifas impostas por Pequim atingem 34% de todos os bens importados dos EUA, aprofundando temores de uma guerra comercial global.
O impacto da medida foi imediato sobre os ativos do setor financeiro. Às 11h44 (horário de Brasília), os papéis do Citigroup (CTGP34) recuavam 9,79%, liderando as perdas entre os grandes bancos norte-americanos. O movimento negativo ampliou-se para outras instituições financeiras e atravessou o Atlântico, afetando também os bancos dos EUA e Europa.
Bancos norte-americanos sofrem fortes perdas
A tensão comercial afetou diretamente as expectativas de rentabilidade e fluxo global de capitais. Entre os principais bancos dos Estados Unidos, as perdas eram generalizadas. O Morgan Stanley (MSBR34) registrava queda de 9,10%, o Goldman Sachs (GSGI34) recuava 8,86%, enquanto o Bank of America (BOAC34) apresentava baixa de 8,62%. Já os papéis do Wells Fargo (WFCO34) caíam 8,10%, e o JPMorgan (JPMC34) acumulava queda de 7,16%.
O setor bancário dos EUA já vinha enfrentando volatilidade por conta das incertezas fiscais e da política de juros, e a escalada das tensões comerciais agravou ainda mais o cenário. A queda nos papéis reflete a preocupação com uma possível desaceleração econômica, que afetaria diretamente o crédito, os investimentos e a rentabilidade dos bancos.
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Bancos da Europa também entram em queda
Na Europa, o subíndice bancário europeu recuava 9% no mesmo horário, pressionado pela aversão ao risco global. Os maiores destaques negativos incluíam o Societé Generale, com baixa de 11,82%, seguido pelo UniCredit, que caía 11,26%. O Deutsche Bank apresentava recuo de 9,86%, enquanto o Santander operava com perda de 9,50%.
A queda dos bancos dos EUA e Europa acontece em um momento de fragilidade da economia global e levanta dúvidas sobre a sustentabilidade da recuperação pós-pandemia. A exposição dos bancos europeus ao comércio internacional e ao financiamento de cadeias produtivas globais os torna particularmente sensíveis a choques de natureza tarifária.
Tarifaço e resposta chinesa
O movimento da China vem em resposta direta ao anúncio feito por Donald Trump na quarta-feira (2), quando o presidente norte-americano anunciou tarifas “recíprocas” de 34% sobre importações chinesas. As novas medidas se somam à tarifa anterior de 20%, ampliando significativamente os custos de entrada de produtos chineses no mercado americano.
A Comissão Tarifária do Conselho Estatal da China informou que as medidas entram em vigor no dia 10 de abril. A retaliação inclui produtos estratégicos e visa pressionar os EUA em áreas-chave do comércio internacional.
Efeitos sobre o setor bancário global
A tensão comercial reduz o apetite por risco no mercado global, o que tende a prejudicar o desempenho do setor bancário. A perspectiva de uma desaceleração no comércio internacional pode afetar as receitas com operações cambiais, crédito à exportação e investimentos internacionais — áreas sensíveis para os bancos dos EUA e Europa.
Além disso, um ambiente de menor crescimento econômico e inflação volátil pode dificultar as decisões de política monetária por parte dos bancos centrais, o que gera mais incertezas no mercado financeiro.
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Queda generalizada dos bancos dos EUA e Europa
A queda generalizada dos bancos dos EUA e Europa reflete a gravidade do momento geopolítico e a sensibilidade do setor financeiro às decisões de política comercial. A retaliação da China às tarifas de Trump desencadeou uma onda de vendas em papéis bancários, puxando os principais índices para baixo e reacendendo o temor de uma nova guerra comercial de grandes proporções.
O mercado segue atento aos desdobramentos e possíveis novas medidas de retaliação por parte de outros países. A volatilidade deverá continuar elevada nas próximas semanas, exigindo cautela por parte de investidores e analistas.