As encomendas de bens duráveis fabricados nos Estados Unidos surpreenderam os analistas ao registrarem um aumento significativo em fevereiro, apontando para uma melhora no investimento empresarial em equipamentos no primeiro trimestre.
De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA nesta terça-feira, os pedidos de bens duráveis, que englobam uma ampla gama de produtos destinados a durar três anos ou mais, aumentaram 1,4% no mês passado. Esse crescimento foi impulsionado pela recuperação nos pedidos de equipamentos de transporte e maquinário.
Embora os números de janeiro tenham sido revisados para baixo, mostrando uma queda maior do que o inicialmente relatado, economistas consultados pela Reuters haviam projetado um aumento de 1,1% nos pedidos de bens duráveis para fevereiro.
Apesar das preocupações com as taxas de juros mais altas, que impactaram a demanda por bens, o otimismo persiste no setor industrial, que representa uma fatia significativa da economia. Há expectativas crescentes de que o Federal Reserve iniciará cortes nas taxas ainda este ano, o que vem impulsionando as perspectivas do setor.
Uma pesquisa recente do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM) revelou que os fabricantes mostraram-se bastante otimistas em março, tanto em relação às vendas quanto às condições de negócios. Além disso, a produção fabril teve uma recuperação em fevereiro.
Desde março de 2022, o Federal Reserve elevou sua taxa de juros em 5,25 pontos percentuais, fixando-a na faixa atual de 5,25% a 5,50%.
Os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, um indicador crucial dos planos de gastos empresariais, aumentaram 0,7% em fevereiro, revertendo a queda registrada no mês anterior. Já os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa avançaram 4,4%, enquanto os embarques aumentaram 2,7%, sinalizando uma recuperação após uma queda em janeiro. Esses dados têm impacto direto no cálculo do componente de gastos empresariais com equipamentos no Produto Interno Bruto (PIB).