A tensão entre Irã e Estados Unidos alcançou um novo patamar nesta segunda-feira (23), quando três mísseis disparados por forças iranianas atingiram diretamente uma base militar americana no Catar. O ataque, confirmado por fontes militares da região, marca a primeira retaliação direta após os bombardeios realizados por EUA e Israel contra as instalações nucleares iranianas.
O impacto dos projéteis causou danos em setores operacionais da base, embora o Pentágono ainda não tenha confirmado vítimas. A resposta imediata incluiu a ativação do sistema de defesa aérea e o alerta máximo em outras bases americanas no Golfo.
A base atingida abriga parte da 5ª Frota da Marinha dos EUA e é considerada estratégica para operações no Oriente Médio. O ataque foi descrito por fontes iranianas como uma resposta “proporcional e legítima” aos bombardeios sofridos em Fordow e Natanz nas últimas semanas.
O ataque do Irã às bases americanas vinha sendo especulado desde a escalada do conflito, mas até então limitava-se a ameaças públicas e movimentações diplomáticas. O Parlamento iraniano já havia aprovado o bloqueio do Estreito de Ormuz, e as forças armadas estavam em alerta máximo desde o último ataque israelense a Teerã.
A Casa Branca ainda não anunciou uma resposta oficial, mas autoridades do Departamento de Defesa confirmaram que estão avaliando “todas as opções”. O presidente Donald Trump, que anteriormente classificou os bombardeios contra o Irã como “cirúrgicos”, agora enfrenta uma pressão política e militar para reagir.
A ONU voltou a se pronunciar pedindo “contenção imediata” e alertou para o risco de uma escalada sem precedentes. Já Rússia e China classificaram o ataque iraniano como “previsível” diante das ações prévias dos EUA.
Por enquanto, o governo de Donald Trump insiste em adotar a narrativa de que o ataque foi apenas “simbólico”. O posicionamento inicial é de que o ataque de hoje seria uma tentativa do regime em Teerã de mostrar “sua suposta força” a sua própria população, na esperança de manter sua credibilidade. O volume de mísseis seria apenas uma fração do que foi lançado nos primeiros dias dos ataques entre Israel e Irã.
(MATÉRIA EM ATUALIZAÇÃO)