As ações do Bradesco sobem 16% nesta quinta-feira (8), atingindo R$ 15,22 por papel às 12h10. O movimento representou um acréscimo de R$ 21,3 bilhões no valor de mercado do banco, segundo levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta.
A forte valorização ocorre após a divulgação do resultado do 1T25 e o anúncio de um novo programa de recompra de ações, o que animou os investidores. O desempenho impulsionou o papel e gerou forte volume de negociações na B3.
💰 Descubra as ações que vão pagar os melhores dividendos em 2025. Baixe o relatório agora!
Bradesco anuncia recompra de até 106 milhões de ações
O Bradesco comunicou a aprovação de um novo programa de recompra de ações, com validade de 8 de maio de 2025 até 8 de novembro de 2026. O banco poderá recomprar até 106.584.881 ações – sendo 53.413.506 ações ordinárias e 53.171.375 preferenciais.
A recompra será intermediada pelas corretoras Bradesco S.A. CTVM e Ágora CTVM e poderá ser realizada via B3 a preços de mercado. O objetivo é maximizar o retorno ao acionista, aplicando recursos da reserva de lucros. As ações poderão ser canceladas ou mantidas em tesouraria.
Segundo o comunicado, as ações em tesouraria não recebem dividendos, o que aumenta o dividendo distribuído para as demais ações em circulação, favorecendo os investidores que permanecerem posicionados nos papéis.
Resultado do 1T25: lucro de R$ 5,9 bi anima mercado
O Bradesco reportou lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 39,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O número ficou acima do consenso de R$ 5,3 bilhões e impulsionou o otimismo dos investidores.
O ROE subiu para 14,4%, com avanço de 4,2 pontos percentuais no ano e 2,4 p.p. no trimestre. A margem financeira com clientes avançou 15%, totalizando R$ 16,7 bilhões. A carteira de crédito expandida superou R$ 1 trilhão, com alta de 12% a/a, sendo +16% para pessoas físicas e +10% para empresas.
A receita líquida alcançou R$ 32,3 bilhões, alta de 15,3%. A receita com serviços cresceu 10,2% no ano, para R$ 9,77 bilhões. A inadimplência acima de 90 dias ficou estável em 4,1%, enquanto as despesas com PDD caíram 2,2%, para R$ 7 bilhões.
Controle de despesas e destaque em seguros
As despesas operacionais totalizaram R$ 15 bilhões (+12,3%), mas, desconsiderando aquisições recentes, o crescimento seria de 8,8%. Despesas administrativas e de pessoal cresceram apenas 3,7%, abaixo da inflação.
O segmento de seguros teve lucro de R$ 2,4 bilhões (+25,3%), com ROE de 22,4% e queda de 7,5 p.p. na sinistralidade em saúde, sustentando o desempenho positivo.
Segundo o CEO Marcelo Noronha, a melhora veio do crescimento da margem e da boa qualidade da carteira de crédito: “Avançaremos mantendo foco no retorno ajustado ao risco. Já ajustamos nosso apetite no crédito e colhemos os resultados.”
O conjunto de boas notícias ajudou a impulsionar o otimismo dos investidores e levou as ações do Bradesco a protagonizarem uma das maiores altas do Ibovespa no dia.