As ações de Disney e Netflix caem nesta segunda-feira (5) após um novo pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma postagem feita no domingo, 4, na rede social Truth Social, Trump afirmou que pretende aplicar uma tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora dos Estados Unidos, o que desencadeou uma forte reação do mercado.
Segundo Trump, a nova medida visa combater o que ele chama de “ameaça à segurança nacional”, referindo-se aos subsídios e incentivos fiscais que outros países oferecem à produção audiovisual local. Para ele, essas vantagens distorcem a competição e prejudicam os estúdios norte-americanos.
“Estou autorizando o Departamento de Comércio e o Representante de Comércio dos EUA a iniciar imediatamente o processo de instituição de uma tarifa de 100% sobre qualquer filme que entre em nosso país e que seja produzido em terras estrangeiras”, declarou Trump.
Reação do mercado e impacto nas ações
O anúncio foi suficiente para provocar instabilidade nas bolsas. As ações de Disney e Netflix caem com força, com a Netflix chegando a recuar mais de 4% na abertura do mercado, e a Disney registrando queda superior a 2% antes de uma leve recuperação. O movimento negativo se estendeu para outras empresas do setor, como Warner Bros. Discovery, Paramount, Comcast e Universal.
O analista Matthew Harrigan, da Benchmark, destacou que a declaração de Trump “injeta mais ruído no sentimento dos investidores em praticamente todos os papéis do setor de entretenimento”. Ainda assim, ele manteve recomendação de compra para a Warner.
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Produção internacional sob risco com a nova política
A proposta tarifária afeta diretamente a estratégia de produção internacional, uma peça-chave na estrutura da indústria de Hollywood. Muitas obras são filmadas fora dos EUA justamente para aproveitar incentivos fiscais e custos operacionais reduzidos. Com isso, as ações de Disney e Netflix caem diante da possível elevação dos custos de produção, caso a tarifa entre em vigor.
Falta de clareza aumenta a insegurança
Ainda não se sabe se a medida se aplicará a todos os filmes produzidos parcialmente no exterior ou somente àqueles inteiramente finalizados fora dos EUA. Essa indefinição já é suficiente para gerar incertezas sobre projetos em andamento. Executivos da indústria afirmam que o setor foi pego de surpresa e que as ações de Disney e Netflix caem em resposta ao risco de perda de competitividade.
Impactos no streaming global
Empresas como Netflix e Disney dependem de produções internacionais para expandir seus mercados. Títulos como “Round 6” e “La Casa de Papel” são exemplos claros da importância dessas produções. Uma tarifa generalizada sobre esses conteúdos pode limitar a capacidade das plataformas de diversificar seu portfólio global. Por isso, as ações de Disney e Netflix caem, refletindo um risco estratégico significativo.
Resposta do setor e possíveis repercussões políticas
Representantes da indústria de entretenimento estão se organizando para pressionar o Congresso e barrar a medida. Segundo uma fonte da MPAA, “é impensável taxar um setor que é vital para a economia americana e exporta cultura para o mundo inteiro”. Enquanto isso, analistas apontam que as ações de Disney e Netflix caem diante da incerteza que a proposta provoca.
Proposta pode influenciar eleições e políticas futuras
Trump tenta consolidar sua base eleitoral com medidas protecionistas, mas corre o risco de enfrentar resistência até mesmo entre aliados do setor privado. A tensão entre proteger empregos nos EUA e manter a competitividade global da indústria deve ganhar força nos próximos debates eleitorais.
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Ações de Disney e Netflix caem diante da ameaça
Com a proposta de uma tarifa de 100%, as ações de Disney e Netflix caem diante da ameaça de mudanças estruturais no setor audiovisual. A medida proposta por Trump ainda precisa de confirmação oficial, mas já está causando instabilidade nos mercados. A reação negativa reflete tanto os riscos econômicos quanto o impacto sobre as estratégias internacionais de grandes estúdios e plataformas de streaming. Acompanhar os próximos passos será essencial para entender como o setor se adaptará a esse novo cenário de incerteza geopolítica e comercial.