Por que as ações da Vale (VALE3) estão em queda? Entenda os fatores

As ações da Vale enfrentam forte recuo em meio à queda no minério de ferro, tensão entre China e EUA e desvalorização do dólar.
ações da Vale

As ações da Vale (VALE3) acumulam uma queda de 3,55% na semana e recuam até R$ 50,28 — menor cotação desde abril — pressionadas por uma combinação de desafios macroeconômicos e setoriais. Veja abaixo os principais motivos por trás do fraco desempenho dos papéis da mineradora:


Demanda chinesa em desaceleração

A China, maior importadora de minério de ferro do mundo, enfrenta dificuldades para manter os estímulos econômicos que sustentaram o crescimento pós-pandemia. Com o crescimento abaixo do esperado, há menos demanda por minério, o que reduz a receita projetada da Vale. O resultado? As ações da Vale sofrem pressão imediata.

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Tensão comercial entre EUA e China

Novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses agravam o cenário. Ao encarecer os custos para a China, daí vem menos — o que reduz ainda mais importações de minério. Esse ambiente tenso contribui para a fraqueza das ações da Vale no curto e médio prazo.


Queda do dólar frente ao real

Outro ponto relevante: na segunda metade de junho, o dólar caiu 3,7% frente ao real, e acumula alta no ano. Como a Vale fatura quase integralmente em dólar, a valorização da moeda brasileira reduz seus ganhos em reais, impactando os da companhia e pressionando os papéis.


Fase sazonal de baixa nos preços do minério

O mercado de minério de ferro costuma enfrentar momentos sazonais de queda, especialmente em períodos de entressafra. Essa redução natural na demanda reforça a perspectiva de queda nos preços, aumentando a cautela dos e pesando nas ações da Vale.


Perspectivas ainda assim positivas

Apesar desses cenários desafiadores, analistas seguem afirmando que a empresa permanece sólida. A Ágora Investimentos estima que, se os preços ficarem próximos de US$ 100 por tonelada, a Vale deve gerar entre 10% e 13% do valor de mercado em caixa nos próximos dois anos. Isso embasa a expectativa de remuneração via dividendos e .

O preço-alvo projetado é de R$ 78 até dezembro, considerando o previsível e uma taxa interna de retorno robusta. Nesse cenário, o Dividend Yield no 2º semestre poderia se aproximar de 10%, especialmente se a Vale mantiver seus planos de distribuição de caixa.

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O que observar nos próximos meses

  • Preços do minério de ferro: se o valor se mantiver em US$ 100/t, a Vale estará bem posicionada.

  • Recuperação da economia chinesa: avanços industriais ou sinalizações de retomada podem reverter o humor do mercado.

  • Movimentação cambial: estabilidade ou alta do dólar frente ao real reduz o impacto negativo nas receitas da companhia.

  • Comunicações sobre dividendos: transparência e planos sólidos de distribuição podem atrair investidores.


Em síntese

As ações da Vale caem atualmente devido à combinação de enfraquecimento da demanda chinesa, tarifas internacionais, câmbio desfavorável e sazonalidade negativa no minério de ferro. No entanto, a forte geração de caixa, políticas de dividendos e recompras mantêm o otimismo dos analistas. Conforme os riscos diminuam, a VALE3 poderá se recuperar com força.

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