Lula Demite Jean Paul Prates da presidência da Petrobras

Lula Demite Jean Paul Prates da presidência da Petrobras

Com Sexta troca de Gestão em 3 anos, Magda Chambriard aceita o convite para substituir Prates e assume o cargo imediatamente

Nesta terça-feira (14/5), o presidente Lula (PT) anunciou a decisão de destituir Jean Paul Prates do cargo de presidente da Petrobras. A mudança na liderança da estatal marca a sexta troca de presidência em apenas três anos.

A escolhida para substituir Prates foi Magda Chambriard, uma engenheira civil com uma longa história na indústria de petróleo. Chambriard iniciou sua carreira na Petrobras como estagiária em 1980 e permaneceu na empresa por 22 anos. Entre 2012 e 2016, ocupou o cargo de diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), trazendo consigo uma vasta experiência no setor.

Após receber o convite para assumir a presidência da Petrobras, Chambriard prontamente aceitou o desafio. Vale ressaltar que ela já havia sido considerada para presidir a PPSA, empresa responsável pela administração do pré-sal, porém optou por recusar a oferta na ocasião.

A demissão de Prates foi anunciada durante uma reunião que contou com a presença pessoal do presidente Lula, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

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A Petrobras confirmou a demissão e disse, em nota:
“A Petrobras informa que recebeu nesta noite de seu Presidente, Sr. Jean Paul Prates, solicitação de que o Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada. Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras.Fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado.”

Queda nos ADRs da Petrobras

Nessa Terça-feira por volta das 20h40 no horário de Brasília, começaram a circular rumores sobre a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras. Como resultado, a empresa sofreu uma queda significativa nos ADRs (American Depositary Receipts), que são recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York e representam a propriedade de ações de empresas estrangeiras.

Inicialmente divulgada pelo jornal O Globo, a notícia foi posteriormente confirmada por outros veículos de imprensa, o que aumentou a pressão sobre os papéis PBR, correspondentes às ações ordinárias da Petrobras. Durante o after market, período de negociação que ocorre após o fechamento oficial do mercado, essas ações chegaram a registrar uma queda de 8%.

“A impressão que se tem é que a decisão de Lula foi no sentido de forçar a Petrobras rumo ao investimento – o que ele tem todo o direito de fazer – mas inevitavelmente o efeito de curto prazo é a perspectiva que o preço corrente das ações deve ser descontado. Tanto é que já foi, se observou uma queda de quase 8% das ADRs da companhia em NY”, comentou o economista André Perfeito em sua newsletter aos clientes.

A Briga pelos Lucros

A destituição de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras é interpretada como uma resposta à decisão da empresa de aumentar significativamente a distribuição de dividendos aos acionistas, o que gerou debates intensos.

Durante os anos de 2022 e 2023, a Petrobras se destacou como a maior pagadora de dividendos do mundo, desembolsando um total de US$ 57,6 bilhões.

Segundo apuração da GloboNews, quando Prates discordou da orientação governamental e se absteve na votação, sua posição não foi bem recebida no Palácio do Planalto.

O pagamento de dividendos altos pela empresa divide opiniões.

De um lado, parte do governo e grupos que defendem o papel central da estatal no desenvolvimento do país querem que a empresa reduza o pagamento aos acionistas para ampliar seus investimentos, por exemplo, com a construção de novas refinarias (unidades que transformam óleo bruto em combustíveis) e fontes alternativas de energia.

De outro lado, analistas de mercado e acionistas da empresa defendem que a empresa mantenha o alto patamar de distribuição de dividendos, o que torna suas ações mais atrativas. Eles argumentam que a empresa já tem um nível elevado de investimentos e que certos projetos de interesse do governo, como as refinarias, não seriam lucrativos.

Em meio a essa disputa, os acionistas da empresa aprovaram, no dia 25 de abril, a distribuição de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários, referentes aos lucros de 2023.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva havia tentado bloquear a liberação desses recursos em março.

Os dividendos extraordinários são aqueles pagos além do mínimo previsto em regras de mercado e da própria empresa. A Petrobras já havia anunciado um total de R$ 72,4 bilhões em dividendo ordinários referentes aos ganhos de 2023, parte dos quais já foi paga no ano passado.

A aprovação do pagamento extra em abril refletiu um recuo do Palácio do Planalto após as ações da estatal levarem um tombo de 10% em um dia, no mês passado, devido à insatisfação do mercado com a decisão inicial.

Embora a Petrobras seja uma companhia de capital aberto, a União mantém controle acionário da empresa e, por isso, é determinante na decisão de liberação desses recursos.

A mudança de rumo, no entanto, ainda teve um lado positivo para o governo.

Como maior acionista da Petrobras, a União deve receber R$ 6 bilhões dos dividendos extras liberados, valor que pode contribuir para reduzir o rombo nas contas federais.

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