O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro surpreendeu ao registrar uma alta de 0,83%, superando ligeiramente as expectativas do mercado, que projetavam uma taxa de 0,78%. Essa variação representa um aumento de 0,41 ponto percentual em relação à taxa de janeiro, que foi de 0,42%. No acumulado do ano, o IPCA já soma 1,25%, enquanto nos últimos 12 meses a variação é de 4,50%, praticamente em linha com os 4,51% observados no período anterior.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em fevereiro. O maior impacto veio do grupo Educação, com uma variação de 4,98%, sendo que os cursos regulares contribuíram significativamente para esse resultado, com uma variação de 6,13%. Em seguida, destacam-se os grupos Alimentação e bebidas, com alta de 0,95%, e Transportes, com variação de 0,72%.
No grupo Alimentação e bebidas, os alimentos no domicílio subiram 1,12%, impulsionados por aumentos nos preços da cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida. Já a alimentação fora do domicílio teve uma variação de 0,49%, com destaque para o aumento no preço das refeições.
Em Transportes, todos os combustíveis pesquisados apresentaram alta, com destaque para o etanol e a gasolina. Por outro lado, os preços das passagens aéreas registraram queda significativa.
Apesar da alta do IPCA, alguns grupos apresentaram variações negativas, como Vestuário e Artigos de residência.
Esses números refletem o cenário de pressão inflacionária que o país enfrenta, com impactos principalmente nos setores de educação e alimentos, o que pode gerar preocupações quanto ao poder de compra da população e à condução da política monetária pelo Banco Central.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC registrou uma alta de 0,81% em fevereiro, superando os 0,57% observados no mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 3,86%, acima dos 3,82% registrados no período anterior.
Esses dados evidenciam os desafios enfrentados pela economia brasileira, que demandam atenção por parte das autoridades e dos agentes econômicos para garantir um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico.