Se você já se surpreendeu com os preços de eletrônicos na Argentina, especialmente os iPhones, prepare-se: o presidente Javier Milei acaba de dar um passo para mudar isso. O governo anunciou nesta semana o corte de impostos sobre eletrônicos na Argentina, reduzindo a tarifa de importação de 16% para 8%, com promessa de eliminar esse imposto totalmente até o início de 2026.
O impacto? Consumidores poderão pagar bem menos por celulares importados. Hoje, um iPhone 16 pode ultrapassar os US$ 2.000 em Buenos Aires, o que tem feito muitos argentinos preferirem voar até Miami e comprar o aparelho lá — e ainda sair no lucro.
Essa política foi herdada de tempos protecionistas do governo Kirchner, que obrigava as montadoras a instalar fábricas na Terra do Fogo para driblar tarifas. O resultado: preços proibitivos, mercado negro em alta e um abismo entre os preços locais e os praticados em países vizinhos como o Brasil.
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iPhone, Miami e a promessa de um novo tempo
Com o corte de impostos sobre eletrônicos na Argentina, a realidade começa a mudar. O porta-voz do governo, Manuel Adorni, foi direto: “Um celular 5G custa duas vezes mais aqui do que no Brasil ou nos EUA. É uma situação tão ridícula que as pessoas preferem viajar para comprar um item básico.”
No Brasil, um iPhone 16 é vendido por cerca de R$ 7.799 (US$ 1.389). Nos EUA, o mesmo aparelho custa US$ 799 (R$ 4.486). Na Argentina, por causa das tarifas antigas, o preço podia mais do que dobrar.
Agora, com a tarifa cortada pela metade e a promessa de zerar até 2026, os consumidores voltam a ter esperança de preços mais justos — e o varejo oficial pode finalmente disputar com o mercado informal.
O que muda para o comércio e os consumidores
Além de baratear celulares, o corte de impostos sobre eletrônicos na Argentina também impacta todo o setor varejista. Empresas que antes sofriam com margens apertadas podem se reestruturar, o comércio eletrônico ganha competitividade, e até marcas que haviam recuado, como Apple e Samsung, devem reavaliar suas estratégias no país.
A medida também alinha a Argentina com mercados mais abertos, contrastando com a tendência recente de aumento de tarifas em outras economias. Milei já declarou que pretende romper com as amarras protecionistas, e essa é uma das ações mais simbólicas dessa virada liberal.
Milei anuncia corte de impostos sobre eletrônicos na Argentina
Para investidores, o movimento sinaliza duas coisas: uma política econômica mais liberal e um ambiente favorável para consumo e tecnologia. O mercado pode reagir com otimismo, especialmente em ações ligadas ao varejo e tecnologia — locais ou estrangeiras com operação no país.
Empresas de logística, fintechs, e marketplaces que dependem da venda de eletrônicos também devem estar no radar.