Você talvez não esteja em uma fazenda, mas o que acontece no campo chega direto à sua carteira de investimentos. A colheita de milho 1ª safra acaba de atingir 78% da área plantada no Brasil.
E não é qualquer avanço: o ritmo atual supera o desempenho da safra passada e a média dos últimos cinco anos. Os grandes centros produtores do milho de 1ª safra — o eixo Sul-Sudeste — já estão praticamente com os trabalhos encerrados. Estados como Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina puxam o ritmo.
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Colheita de milho 1ª safra: Impactos econômicos e no mercado financeiro
Em Goiás, o percentual colhido está em 65%, enquanto no Piauí e no Maranhão a colheita avança mais devagar, com 28% e 15%, respectivamente. Um ponto importante: o clima jogou contra no Nordeste. Piauí e Bahia registraram quedas expressivas na produtividade, com reduções de 13% e 37% em comparação ao levantamento inicial da Conab.
Mesmo assim, o volume nacional segue robusto. Com mais milho entrando no mercado, os preços tendem a ceder — e isso impacta diretamente o mercado financeiro. A entrada antecipada da colheita pode reduzir a inflação de alimentos, aumentar a competitividade das exportações e beneficiar empresas do setor agro e da cadeia de proteína animal, como JBS, BRF e Marfrig.
Empresas listadas na B3 que dependem do milho como insumo — ou como ativo de exportação — devem ficar no radar dos investidores. A maior oferta do grão também pode influenciar o câmbio, com maior entrada de dólares no país.
E o que vem por aí? Safrinha no radar
Junho é o mês da safrinha — a segunda e maior colheita do milho. Estima-se que até o fim de junho, entre 30% e 50% dessa produção esteja colhida. Isso pode pressionar ainda mais os preços no curto prazo, mas também deve acelerar as exportações e melhorar o fluxo de caixa de grandes produtores.
O clima no Centro-Oeste ainda é um ponto de atenção. Se houver quebra, os preços podem reagir. Fique de olho.
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Soja: quase finalizada, foco total na exportação
Enquanto o milho acelera, a soja está praticamente toda colhida. Apenas o Rio Grande do Sul ainda está finalizando (96%). O novo foco é o escoamento dessa produção recorde.
Apesar do começo forte em 2025, as exportações de soja perderam ritmo em abril. Acordos recentes entre EUA e China também impactaram os prêmios da soja — e isso muda o jogo para quem está investido em papéis ligados ao agronegócio.