Vale (VALE3): O que esperar dos resultados do primeiro trimestre

Vale (VALE3): O que esperar dos resultados do primeiro trimestre

Vale (VALE3) deve reportar resultados mais fracos no 1T25 devido às chuvas, câmbio e preços menores. Analistas mantêm visão positiva.
Vale (VALE3)

A divulgação dos resultados da Vale (VALE3) referentes ao primeiro trimestre de 2025 acontece nesta quinta-feira (24) à noite e deve movimentar o mercado na sexta-feira. A gigante da mineração enfrenta um conjunto desafiador de fatores que deve pressionar seus números neste início de ano. Ainda assim, mesmo com um cenário menos favorável, analistas seguem com uma visão positiva sobre a ação da Vale (VALE3) no médio e longo prazo.

Segundo o consenso da Bloomberg, o Ebitda da companhia no trimestre deve totalizar US$ 3,26 bilhões, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido projetado é de US$ 1,52 bilhão, recuo de 9% na mesma base de comparação.


Produção afetada por chuvas e licenciamento

A própria prévia operacional divulgada pela Vale (VALE3) já indicava que o trimestre seria desafiador. A produção de minério de ferro caiu 4,5% na comparação anual, atingindo 67,7 milhões de toneladas. A principal razão para a retração foi o impacto das chuvas e restrições de licenciamento no Sistema Norte, uma das principais regiões produtoras da companhia.lhões de toneladas. Contudo, o preço médio realizado do minério de ferro recuou para US$ 90,8 por tonelada — abaixo do preço spot médio de US$ 98/t e também inferior à expectativa de algumas casas, como o Citi, que projetava US$ 93/t.

Apesar disso, a mineradora conseguiu aumentar os embarques em 3,6%, totalizando 66,1 mi

O mix de vendas também pesou nos prêmios de qualidade, refletindo as limitações operacionais e a necessidade de vender minérios com menor teor de ferro, impactando diretamente a receita da Vale (VALE3).

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Câmbio joga contra

Outro fator que deve pesar sobre os resultados da Vale (VALE3) é o câmbio. A valorização de 7% do real frente ao dólar no trimestre tende a reduzir a conversão das receitas em reais, o que é um fator negativo para exportadoras como a mineradora. Mesmo com os preços internacionais das commodities ainda resilientes, o efeito cambial deve reduzir o resultado consolidado em moeda local, segundo o BTG Pactual.


Metais básicos podem aliviar pressão

Apesar da fraqueza na divisão de minério de ferro, os resultados de metais básicos podem trazer algum alívio. A produção de cobre e níquel cresceu 11% no comparativo anual, impulsionada principalmente pelo ramp-up da operação em Voisey’s Bay.

O Citi projeta Ebitda estável para cobre e resultado praticamente nulo para o níquel. Já o Santander destacou que, embora a produção de cobre tenha atingido 90,9 mil toneladas, o número ficou 8% abaixo das expectativas. Além disso, os preços realizados desses metais também recuaram, o que pode limitar o impacto positivo dessa divisão.


Visão dos analistas sobre Vale (VALE3)

Mesmo com um trimestre mais fraco, o mercado segue construtivo em relação à Vale (VALE3). O Santander manteve recomendação Outperform (acima da média do mercado), citando um valuation atrativo — com múltiplo EV/Ebitda projetado para 2025 em torno de 3x. O banco também destacou a solidez financeira e o potencial de recuperação das operações da companhia.

O Citi reforça a atratividade da ação ao destacar o dividend yield mínimo estimado em 7%, mesmo com lucros comprimidos no curto prazo. Para os analistas, a combinação de retorno ao acionista e geração robusta de caixa segue sendo um diferencial importante.

Já o Itaú BBA também recomenda compra de Vale (VALE3), argumentando que, apesar dos desafios pontuais, a ação continua descontada frente a pares internacionais e oferece uma oportunidade interessante com base no fluxo de caixa e na política de distribuição de dividendos.

Por fim, o BTG Pactual adota uma postura mais neutra no setor de mineração como um todo, mas reconhece os fundamentos sólidos da Vale (VALE3), ressaltando a estrutura de capital saudável e a resiliência da companhia mesmo em períodos adversos.

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Expectativas para os próximos trimestres

A expectativa é de que, com a normalização climática e a retomada de licenças operacionais, a Vale (VALE3) consiga melhorar sua performance operacional nos próximos trimestres. A manutenção de preços internacionais em patamares elevados, especialmente se a demanda da China continuar aquecida, pode favorecer a recuperação da receita.

Além disso, o avanço das operações em metais básicos é uma frente que pode ganhar mais protagonismo ao longo do ano. Projetos como Voisey’s Bay e Salobo III devem ter papel importante na diversificação de receita e redução da dependência do minério de ferro.


Vale (VALE3): Resultados e expectativas

O resultado do primeiro trimestre pode até vir pressionado para a Vale (VALE3), mas a leitura do mercado é que a companhia ainda mantém bons fundamentos. A ação, que costuma ser uma das favoritas entre os investidores de longo prazo, segue sendo analisada com otimismo por grande parte das casas, mesmo com os desafios conjunturais.

Para o investidor, os próximos passos da Vale (VALE3) serão cruciais para consolidar sua recuperação em 2025 — e os resultados desta noite devem ajudar a calibrar as expectativas.

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