Plano Safra 2025/26 será lançado no final de junho com valor que pode superar R$ 475 bilhões

O governo federal vai lançar o Plano Safra 2025/26 no final de junho, com previsão de ultrapassar os R$ 475 bilhões em crédito agrícola.
Plano Safra

O novo será anunciado oficialmente no final de junho, segundo interlocutores do federal ouvidos pela EXAME. O valor previsto poderá superar os R$ 475,56 bilhões liberados para a atual (2024/25), tornando-se um dos maiores volumes de recursos destinados à produção agropecuária no país.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Fazenda estão nas etapas finais de elaboração do plano, mas a definição exata depende do fechamento das contas públicas. “Estamos na fase final da proposta. Tanto o Ministério da Agricultura quanto o da Fazenda estão desenhando a medida ainda, mas a conta precisa fechar”, afirmou uma fonte ligada às negociações.

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Conflito com o IOF complica articulação política

A concepção do novo Plano Safra ocorre em um contexto fiscal mais rígido. O governo aumentou o sobre Operações Financeiras () e busca formas de elevar a arrecadação, o que tem afetado as discussões sobre o plano.

Pedro Lupion, deputado e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), criticou a situação: “A discussão do fica contaminada com essas questões do IOF. Enquanto estamos brigando com o ministro Haddad pela questão do IOF, também precisamos pedir a ele o Plano Safra, o que torna a relação extremamente difícil.”

A FPA tem pressionado os ministérios da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura para que seja viabilizado um orçamento compatível com as demandas do setor agropecuário.

Subsídios podem ultrapassar R$ 25 bilhões, mas orçamento segue limitado

Apesar da taxa básica de juros (Selic) estar em 14,75% ao ano, o que exige mais recursos para equalizar as taxas de rural, a Lei Orçamentária de 2025 não prevê um aumento nos valores destinados a essas operações. O mantém o aporte em R$ 15,03 bilhões, mesmo nível do ano anterior, o que pode limitar o alcance do plano.

O crédito rural do Plano Safra é essencial para financiar a produção agropecuária, incluindo aquisição de insumos, sementes, tratores e equipamentos. Quando os juros estão elevados, como atualmente, mesmo as linhas subsidiadas se tornam mais onerosas para o governo e mais difíceis de acesso para os produtores.

Propostas do setor produtivo e expectativas para o plano

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao Ministério da Agricultura suas propostas para o Plano Safra 2025/26, que vai de 1º de julho de 2025 até 30 de junho de 2026. Entre os principais pedidos, está a liberação de R$ 594 bilhões em recursos financiáveis, o que representa um aumento de 24,64% em relação à temporada anterior.

A CNA defende ainda taxas de juros mais acessíveis, especialmente para os médios e grandes produtores, além da manutenção de condições vantajosas para a agricultura familiar. “O aumento nos custos de produção, aliado à alta dos juros, exige que o plano seja mais robusto do que nos anos anteriores”, destaca a entidade.

Governo pode elevar juros de linhas subsidiadas

Um interlocutor que participa das negociações revelou que o governo estuda elevar as taxas de juros de todas as linhas subsidiadas, com exceção das voltadas à agricultura familiar, como o Pronaf. “A exceção será para o microcrédito e o financiamento para pequenos produtores. O impacto será menor para esse grupo”, explicou.

Ainda não há consenso sobre esse aumento de juros, mas a proposta ganha força entre as autoridades econômicas. A equipe econômica argumenta que o novo patamar da Selic e a limitação orçamentária exigem medidas para equilibrar os subsídios e garantir a viabilidade fiscal.

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Anúncio do Plano Safra 2025/26 previsto para o fim de junho

Com o anúncio do Plano Safra 2025/26 previsto para o fim de junho, o setor agropecuário aguarda com expectativa a definição dos volumes de crédito, taxas de juros e critérios de acesso aos recursos. O desafio do governo será equilibrar as demandas do setor produtivo com as limitações fiscais e políticas do momento. A pressão por mais recursos e menores juros é crescente, e o resultado das negociações poderá influenciar diretamente a produtividade e o desempenho da próxima safra agrícola brasileira.

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