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Lucro do Santander Brasil cresce 30% no 4T23, mas fica abaixo do esperado

Lucro do Santander Brasil cresce 30% no 4T23, mas fica abaixo do esperado

Provisões para Perdas no Crédito Impactam Resultado, Enquanto Receitas e Carteira de Crédito Ampliada Apresentam Desempenho Positivo.
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O resultado do Santander no 4T23 foi divulgado nesta quarta-feira, 31 de janeiro de 2024, e trouxe um crescimento de 30% no lucro líquido recorrente anual, totalizando R$ 2,204 bilhões. Apesar desse aumento, o lucro veio abaixo das projeções de analistas, que esperavam R$ 2,7 bilhões de acordo com levantamento da Bloomberg. No comparativo trimestral, o lucro do banco recuou 17,7%, refletindo o impacto das provisões de crédito e a desaceleração no ritmo de crescimento econômico.

No acumulado de 2023, o Santander Brasil (SANB11) obteve um lucro de R$ 9,333 bilhões, 27,7% inferior aos R$ 12,900 bilhões registrados em 2022. Esse desempenho reflete a combinação de um cenário macroeconômico desafiador, com alta nas taxas de inadimplência e custos de provisão que continuam a pressionar os resultados dos grandes bancos brasileiros.

Receita e Margens: Crescimento Moderado

A receita total do Santander no último trimestre de 2023 somou R$ 19,535 bilhões, apresentando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior e um aumento de 5,4% na comparação com o trimestre anterior. No ano, as receitas totais somaram R$ 74,304 bilhões. A margem financeira bruta, um dos principais indicadores de rentabilidade das operações com juros, foi de R$ 14,055 bilhões, representando um aumento de aproximadamente 12% em relação ao 4T22. Esse desempenho foi impulsionado pela sensibilidade da margem às taxas de juros, um reflexo direto da elevação da Selic nos últimos anos.

Já a margem com clientes, que considera os resultados das operações de crédito, somou R$ 14,318 bilhões, crescendo 2,2% em relação ao 4T22. Esse crescimento modesto demonstra que o banco conseguiu compensar parcialmente o aumento das despesas com provisões para perdas no crédito.

Carteira de Crédito e Inadimplência no resultado do Santander no 4T23 

A carteira de crédito ampliada do Santander encerrou o quarto trimestre de 2023 em R$ 643,040 bilhões, um avanço de 9% no intervalo de um ano. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão em avais e fianças, tanto no trimestre quanto no ano, refletindo o apetite do banco em diversificar suas operações e expandir a concessão de crédito em um ambiente econômico desafiador.

No entanto, a inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,1% no 4T23, um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Esse índice, que se manteve estável em relação ao ano passado, reflete o aumento das dificuldades dos consumidores em honrar seus compromissos financeiros. A inadimplência de curto prazo, que mede os atrasos de 15 a 90 dias, caiu 0,8 ponto percentual, atingindo 3,8%.

As provisões para devedores duvidosos (PDD) aumentaram 4,9% em um ano, totalizando R$ 6,105 bilhões. Esse crescimento nas provisões reflete a postura conservadora do Santander em reforçar seu balanço para enfrentar o aumento da inadimplência.

Rentabilidade e Retorno Sobre o Patrimônio

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) do Santander subiu 4,0 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo 12,3%. Esse aumento reflete uma melhora no desempenho operacional do banco, apesar das pressões sobre a rentabilidade. No entanto, a rentabilidade ainda fica abaixo dos principais concorrentes no setor bancário brasileiro, indicando que o banco terá desafios para aumentar seu retorno no médio prazo.

A combinação de um lucro abaixo das expectativas e o aumento das provisões evidencia a necessidade do Santander de equilibrar o crescimento da carteira de crédito com a qualidade dos ativos. O banco mantém uma abordagem prudente em relação às suas operações de crédito, o que é essencial em um ambiente de incertezas econômicas e aumento da inadimplência.

Expectativas para o Santander em 2024

Para o próximo ano, o Santander Brasil deverá enfrentar desafios relacionados à manutenção da rentabilidade em um ambiente de taxa de juros elevada e aumento da concorrência no setor financeiro. Com a Selic projetada para fechar 2024 em 9%, segundo o Boletim Focus, o banco pode ter menos pressão sobre a inadimplência e os custos de provisão, mas também verá um impacto na margem financeira, que tende a reduzir em um cenário de queda de juros.

Os investidores estarão atentos ao desempenho do banco no primeiro trimestre de 2024, quando novas informações sobre a estratégia de expansão de crédito e controle de inadimplência devem ser divulgadas. A expectativa é que o Santander continue a focar em operações de crédito para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, segmentos que têm apresentado maior crescimento no mercado bancário.

Em resumo, o resultado do Santander no 4T23 reflete tanto avanços quanto desafios. Embora o banco tenha conseguido crescer em receita e expandir sua carteira de crédito, a pressão sobre a inadimplência e as provisões para perdas impactaram a rentabilidade. Em um ano de incertezas econômicas e com a taxa de juros em queda projetada, o Santander Brasil terá que equilibrar sua expansão de crédito com a gestão de riscos para manter sua competitividade no mercado.

Confira: Calendário de Resultados 4° Trimestre de 2023

 

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