O IPCA-15 de Junho 2025 registrou alta de 0,26%, segundo o IBGE, uma desaceleração em relação aos 0,36% vistos em maio. A inflação mais baixa do que o esperado demonstra um alívio momentâneo na pressão sobre os preços, mas ainda mantém o índice acumulado em alta. No ano, o IPCA-15 soma 5,27%, e nos últimos 12 meses, o avanço é de 3,06%. Esses números revelam que, apesar da desaceleração, a inflação ainda apresenta ritmo elevado.
Principais grupos que puxaram o índice
O destaque ficou por conta do grupo habitação, que apresentou a maior alta do IPCA-15 de Junho 2025, com 1,08%. Esse aumento foi puxado principalmente pela energia elétrica residencial, impactada pela bandeira tarifária vermelha patamar 1 e reajustes regulatórios. Também houve alta expressiva em água e esgoto, com inflação de 0,94%, e no gás encanado, que subiu 0,13%.
O setor de vestuário também contribuiu para o índice, com aumento de 0,51%, puxado por roupas femininas (+0,66%) e calçados e acessórios (+0,49%). Já o grupo saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,29%, influenciada pelo reajuste de planos de saúde, que subiram 0,57%.
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Alimento tem queda após tendência de alta
Uma boa notícia foi a queda de 0,02% no grupo alimentação e bebidas, interrompendo uma sequência de nove meses de alta. No domicílio, os preços recuaram 0,24%, com destaque para tomate (-7,24%), ovo (-6,95%), arroz (-3,44%) e frutas (-2,47%). Por outro lado, houve alta no preço da cebola (+9,54%) e do café moído (+2,86%).
A alimentação fora do domicílio também puxou a inflação para baixo, crescendo “apenas” 0,55% — uma desaceleração em relação aos 0,63% de maio. A refeição subiu 0,60%, enquanto o lanche registrou modesta alta de 0,32%.
Transportes e combustíveis também em destaque
No grupo transportes, a alta total do IPCA-15 de Junho 2025 foi de apenas 0,06%. Essa baixa expressiva se deve em parte à gratuidade do transporte público em feriados e domingos em cidades como Curitiba (+5,08%), Brasília (+21,54%) e Belém (+11,52%). Já o táxi teve alta de 0,21%, puxado por reajuste médio de 8,71% em Belo Horizonte (2,08%).
Já os combustíveis tiveram queda de 0,69% no mês. Entre os destaques estão o óleo diesel (-1,74%), etanol (-1,66%), gasolina (-0,52%) e gás veicular (-0,33%). Esse comportamento tende a aliviar os custos de deslocamento e pode gerar efeito positivo também nos preços de transporte.
Comparação com expectativas de mercado
O resultado do IPCA-15 de Junho 2025 veio abaixo do esperado pelo mercado. A mediana das estimativas, segundo o Money Times, apontava para alta de 0,31% em junho e acumulação de 5,32% em 12 meses. Isso indica que a inflação está levemente abaixo das expectativas e pode sinalizar para os bancos centrais um ambiente mais ameno para decisão sobre juros.
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O que esperar adiante?
A desaceleração em junho, puxada por queda nos alimentos e combustíveis, ajuda a reduzir a pressão inflacionária no curto prazo. No entanto, a alta persistente em serviços (como energia, planos de saúde e transporte) ainda mantém os riscos de inflação acima da meta.
Para os próximos meses, será importante observar se a inflação de alimentos se sustenta negativa e se os grupos de alta conseguem se estabilizar. A trajetória do IPCA-15 de Junho 2025 sinaliza que o índice está sob controle, mas a inflação acumulada em 12 meses em 3,06% mostra que ainda há espaço para acompanhamento.