Em um movimento estratégico para amenizar o impacto da guerra comercial, a China isenta alguns produtos das tarifas dos Estados Unidos, trazendo um novo alento ao cenário econômico internacional. Segundo notícias divulgadas nesta sexta-feira (25), Pequim está concedendo isenções de tarifas de 125% para itens considerados essenciais pelas empresas chinesas.
A medida foi interpretada como o mais forte indício até agora de que a China está preocupada com os efeitos da guerra comercial sobre sua economia. Além disso, indica que Pequim está buscando caminhos para suavizar o conflito com os Estados Unidos sem ceder às pressões externas.
Impacto imediato: China isenta alguns produtos das tarifas
As primeiras repercussões da notícia de que a China isenta alguns produtos das tarifas foram positivas nos mercados financeiros. O dólar americano apresentou leve valorização, enquanto bolsas de valores na Ásia, como Hong Kong e Japão, fecharam em alta. Segundo Alfredo Montufar-Helu, consultor do China Center do Conference Board, “a medida pode abrir uma oportunidade real para diminuir a tensão, mesmo que EUA e China continuem resistentes a ceder nas negociações”.
No entanto, analistas alertam que não se trata de um movimento definitivo. A China ainda não anunciou publicamente a lista completa de produtos isentos, e o governo chinês tem sido cauteloso em admitir qualquer enfraquecimento de sua posição.
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Tabela de setores impactados pela medida:
Setor | Produtos Isentos | Observação |
---|---|---|
Farmacêutico | Medicamentos específicos | Isenções pontuais, não para toda a indústria |
Aeroespacial | Motores e trens de pouso | Confirmado pela Safran |
Tecnologia (Chips) | Chips analógicos | Chips de memória ainda tarifados |
Petroquímico (Etano) | Etano utilizado para plásticos | Isenção em discussão |
Diálogo político e perspectivas futuras
O presidente Donald Trump comentou, em entrevista à revista TIME, que recebeu uma ligação do presidente chinês Xi Jinping sobre as negociações tarifárias. Embora tenha evitado dar detalhes, Trump sinalizou otimismo quanto à possibilidade de um acordo.
Pequim, no entanto, segue adotando uma postura reservada. Segundo o Politburo, o foco continua em manter a estabilidade interna, com suporte a setores e trabalhadores afetados pelas tarifas. A estratégia inclui preparar o país para uma guerra comercial prolongada, caso os EUA mantenham as tarifas de 145%.
Demanda empresarial e listas de isenção: China isenta alguns produtos das tarifas
O Ministério do Comércio da China iniciou a coleta de listas de produtos essenciais junto às empresas. A ideia é priorizar a isenção para itens sem fornecedores alternativos fora dos Estados Unidos.
Michael Hart, presidente da Câmara Americana de Comércio na China, destacou que o governo está solicitando informações de companhias sobre produtos críticos para suas cadeias de suprimento.
Outros setores em análise para a isenção de tarifas pela China:
Setor | Produtos Potenciais para Isenção |
Química | Produtos de base para produção industrial |
Agricultura | Vacinas veterinárias, produtos biológicos |
Energia | Equipamentos para produção de energia |
Consequências econômicas após China isenta alguns produtos das tarifas
Ainda que positiva, a medida em que a China isenta alguns produtos das tarifas reflete também vulnerabilidades. Com aumento do desemprego, pressões deflacionárias e estoques elevados, a economia chinesa se mostra fragilizada após anos de crescimento acelerado.
Apesar do superávit comercial de US$ 1 trilhão em 2024, a dependência de importações dos EUA em setores-chave — como etano para plásticos e medicamentos — mostra que Pequim precisa administrar a crise com cuidado para evitar desequilíbrios internos.
Segundo a Huatai Securities, uma lista preliminar de 131 categorias de produtos passíveis de isenção tarifária está circulando nas redes sociais, abrangendo aproximadamente US$ 45 bilhões em importações.
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O efeito da medida China isenta alguns produtos das tarifas
A decisão em que a China isenta alguns produtos das tarifas sinaliza uma abertura para atenuar a guerra comercial e restabelecer canais de negociação. Embora a tensão permaneça elevada, as medidas recentes mostram que tanto EUA quanto China reconhecem os riscos de um conflito prolongado. Para o mercado financeiro e para o comércio global, cada passo em direção à cooperação é visto como positivo.