A BlackRock pretende aumentar receita para US$ 35 bilhões ou mais até 2030. A maior gestora de ativos do mundo compartilhou essa ambiciosa meta nesta quinta-feira (13), durante evento com investidores. O plano inclui uma forte expansão nos mercados de crédito privado, infraestrutura e tecnologia, áreas que vêm ganhando protagonismo no portfólio da empresa.
Em 2024, a BlackRock fechou o ano com receita de US$ 20 bilhões. Para atingir o novo patamar projetado, a companhia aposta em uma série de estratégias estruturais, incluindo aquisições bilionárias e aumento de sua presença em ativos privados, que oferecem margens mais elevadas do que os tradicionais fundos negociados em bolsa (ETFs).
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Aquisições estratégicas alavancam crescimento
A BlackRock pretende aumentar receita apoiando-se em aquisições transformadoras realizadas recentemente. Em 2024, a empresa desembolsou US$ 25 bilhões para adquirir o fundo de infraestrutura Global Infrastructure Partners e o negócio de crédito privado HPS Investment Partners. Além disso, investiu US$ 3,2 bilhões na compra da Preqin, provedora de dados especializada em mercados alternativos.
Essas aquisições consolidam a visão do CEO Larry Fink de posicionar a BlackRock como uma potência global em ativos alternativos. A ideia é ampliar a presença em setores menos sensíveis à volatilidade dos mercados públicos e com retornos consistentes de longo prazo.
Meta de capitalização de mercado e captação
Outra meta estratégica da empresa é dobrar sua capitalização de mercado para US$ 280 bilhões até o final da década. Para isso, a BlackRock mira US$ 400 bilhões em captação cumulativa em mercados privados até 2030.
Esse movimento sinaliza um novo ciclo de crescimento para a gestora, com menor dependência de ETFs — hoje um dos principais pilares da companhia, por meio da plataforma iShares — e maior participação de fundos fechados, crédito privado e infraestrutura, que geram taxas mais altas.
Receita mais diversificada com tecnologia e mercados privados
A empresa projeta que os negócios em tecnologia e mercados privados representarão 30% ou mais da receita total até 2030, frente aos atuais 15%. A diversificação é uma resposta direta às tendências globais de protecionismo, instabilidade geopolítica e demanda crescente por investimentos alternativos com maior rentabilidade.
Segundo Fink, o objetivo é ampliar o acesso a produtos sofisticados para uma base maior de investidores — inclusive institucionais e de varejo — e reduzir a concentração de capital nos mercados tradicionais. Em sua carta anual de 2025, ele destacou que “o protecionismo voltou com força” e que isso exige soluções novas, como o acesso democrático a mercados de alto retorno.
Visão de futuro da BlackRock
A BlackRock pretende aumentar receita com foco em eficiência, inovação e adaptação às novas dinâmicas econômicas globais. A combinação de tecnologia, dados e ativos alternativos formam a base da estratégia de longo prazo.
A aquisição da Preqin, por exemplo, fortalece a capacidade da empresa em análise preditiva, essencial para selecionar ativos privados com alto potencial de valorização. Já a presença em infraestrutura reflete o aumento global da demanda por projetos sustentáveis, transição energética e soluções de mobilidade urbana.
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BlackRock pretende aumentar receita
A BlackRock pretende aumentar receita significativamente até 2030, reposicionando seu modelo de negócios em direção a ativos privados, infraestrutura e soluções tecnológicas. Com uma estratégia robusta de aquisições e expansão de capital, a gestora reafirma sua liderança global e seu compromisso com inovação, retorno sustentável e democratização do acesso a produtos de alta performance.
Para o investidor, a mensagem é clara: a BlackRock está redesenhando o futuro da gestão de ativos — e quer fazer isso em grande escala.