Nos resultados do 1T25 da PRIO, a receita líquida totalizou US$ 696,9 milhões, representando um crescimento anual de 15% e trimestral de 46%. O bom desempenho da receita foi sustentado por uma produção média diária de 109 mil barris de óleo equivalente (boe/d), volume em linha com as expectativas e consolidado pela atuação robusta dos ativos operacionais.
A alta nas receitas também se deve ao preço médio de venda do petróleo, que ficou em US$ 85,8 por barril no trimestre, apresentando estabilidade em relação ao último trimestre de 2024. O campo de Frade foi responsável por 35% da produção, seguido por Albacora Leste (30%) e Wahoo (18%), consolidando a diversificação da companhia entre seus principais ativos.
EBITDA ajustado avança com forte margem
O EBITDA ajustado da PRIO no 1T25 foi de US$ 459,3 milhões, com margem de 65,9%, reflexo de uma gestão eficiente de custos operacionais e da escala crescente dos ativos. Apesar de ligeira retração de 3% frente ao 1T24, o desempenho ficou próximo do topo das estimativas de mercado e reforça a resiliência do modelo de negócios da companhia.
A margem EBITDA, uma das mais elevadas do setor de petróleo e gás entre as companhias listadas na B3, foi impulsionada pela redução no lifting cost (custo de extração) e pelo controle de despesas com manutenção e logística. A empresa mantém seu foco em eficiência e geração de valor com disciplina de capital.
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Lucro líquido sobe 62% e atinge US$ 352,9 milhões
O lucro líquido da PRIO no 1T25 totalizou US$ 352,9 milhões, alta de 62% na comparação anual e um dos maiores lucros trimestrais da história da companhia. A margem líquida de 50,6% mostra a robustez da operação mesmo diante de investimentos expressivos e expansão da produção.
O resultado foi impulsionado por efeitos não recorrentes positivos na linha fiscal e operacionais estáveis nos campos maduros, principalmente no ativo de Albacora Leste. O impacto do câmbio também contribuiu, favorecendo a conversão de receitas e protegendo parte das despesas operacionais indexadas.
Fluxo de caixa e alavancagem controlada
A geração de caixa operacional ajustada da PRIO foi de US$ 245 milhões no 1T25, reforçando a capacidade da companhia de financiar seu crescimento com recursos próprios. O fluxo de caixa livre (FCF) foi afetado pontualmente pelo pagamento de bônus à Equinor referente à transação de Peregrino, mas permanece positivo e sustentável.
A dívida líquida ajustada atingiu US$ 1,06 bilhão ao fim do trimestre, representando uma alavancagem de 1,0x EBITDA, patamar saudável que garante flexibilidade para novos investimentos e aquisições. O custo da dívida continua atrativo, com a maior parte em dólares e prazo médio superior a 5 anos.
Peregrino reforça potencial de crescimento
No 1T25, a PRIO formalizou a aquisição de 60% da participação da Equinor nos campos de Peregrino e Pitangola, consolidando 100% da operação. A transação total é avaliada em US$ 3,5 bilhões e será realizada em etapas até 2026. A companhia estima um incremento de até 60 mil boe/d em sua produção com essa consolidação.
A operação reforça o plano estratégico da PRIO de crescer com ativos maduros de alta geração de caixa e sinergia operacional. A meta é alcançar uma produção total de 200 mil boe/d até 2026, transformando a companhia na principal independente do setor na América Latina.
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Produção e desafios no curto prazo
A produção média de abril foi de 91 mil boe/d, queda de 13% ante março, devido à parada programada do FPSO Valente em Frade. A companhia prevê retomada gradual até junho, com estabilização da produção e entrada progressiva do campo de Wahoo.
O custo lifting de US$ 12,8 por barril deve cair com a diluição de custos fixos nos ativos adquiridos. A PRIO reforça que a parada em Frade estava prevista no guidance operacional e não altera suas projeções para o ano.
Dividendos e retorno ao acionista
Embora a companhia não tenha anunciado dividendos no 1T25, analistas esperam que o ciclo de pagamento se intensifique a partir de 2026. O BTG Pactual projeta dividend yield de até 28% para 2027, com base nos fluxos futuros estimados e produção estabilizada.
A PRIO possui uma política de retorno baseada na geração de caixa sustentável e baixo endividamento, o que permite distribuir proventos sem comprometer o plano de expansão. A expectativa é que a companhia passe a figurar entre as maiores pagadoras do setor.
Resultados do 1T25 da PRIO consolida posicionamento estratégico
Os resultados do 1T25 da PRIO consolidam o posicionamento estratégico da companhia no setor de óleo e gás. O crescimento da receita, combinado à disciplina financeira e excelência operacional, sustenta projeções otimistas para os próximos trimestres.
Analistas de casas como XP, Goldman Sachs e BTG Pactual reiteraram recomendação de compra para PRIO3 após o balanço, com preço-alvo médio de R$ 70,00, representando potencial de valorização de mais de 30% frente ao fechamento mais recente.
Com valuation atrativo, crescimento visível e histórico sólido de execução, a PRIO segue como uma das principais apostas de longo prazo na bolsa brasileira para investidores que buscam exposição ao setor de energia com alta rentabilidade.
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