A China compra cada vez mais petróleo do Brasil e da África Ocidental como forma de reorganizar sua cadeia de suprimentos diante de sanções internacionais e tarifas comerciais. O aumento das restrições impostas pelos Estados Unidos à Rússia e ao Irã, além das novas tarifas de Pequim sobre o petróleo americano, forçaram refinarias chinesas a buscar alternativas no mercado global.
Segundo a analista sênior da Vortexa, Emma Li, as importações chinesas de petróleo brasileiro devem atingir 3 milhões de toneladas métricas em fevereiro, o maior volume em pelo menos oito meses. Esse aumento reflete a busca da China por fontes de petróleo menos impactadas por sanções, tornando o Brasil e a África Ocidental destinos preferenciais.
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China compra mais petróleo do Brasil para evitar sanções
Dados da consultoria Kpler indicam que as compras de petróleo do Brasil pela China aumentaram 49% em relação ao mês anterior, enquanto as importações de petróleo angolano cresceram 36%. Esse crescimento reflete a necessidade das refinarias chinesas de encontrar alternativas diante das incertezas sobre o abastecimento global.
Fontes do mercado apontam que a refinaria chinesa Shandong Yulong Petrochemical comprou grandes volumes de petróleo bruto africano para entrega em março. Além disso, a trader estatal Unipec adquiriu mais de 20 milhões de barris de petróleo brasileiro para entrega em abril, reforçando a tendência de diversificação do fornecimento.
Por que a China compra mais petróleo do Brasil e da África Ocidental?
A decisão da China de comprar mais petróleo dessas regiões se deve a vários fatores:
- Sanções dos EUA – Desde janeiro, os EUA endureceram restrições contra o petróleo russo e iraniano, reduzindo a oferta disponível para refinarias chinesas.
- Tarifas sobre o petróleo americano – A China impôs uma tarifa de 10% sobre o petróleo dos EUA em retaliação às medidas comerciais de Donald Trump, tornando a commodity americana menos atrativa.
- Aumento dos preços do petróleo do Golfo – A Arábia Saudita elevou os preços do petróleo exportado para a China ao nível mais alto em mais de um ano, reduzindo a competitividade do produto.
Diante desse cenário, a China compra mais petróleo do Brasil e da África Ocidental como estratégia para evitar a volatilidade de preços e garantir o abastecimento de suas refinarias.
Impacto no mercado global de petróleo
O aumento da demanda chinesa pelo petróleo brasileiro e africano elevou os prêmios desses barris em 50% desde janeiro, segundo fontes do mercado. O movimento ocorre em um momento de forte competição entre exportadores, especialmente devido às incertezas geopolíticas.
Além disso, a redução das importações chinesas da Arábia Saudita pode levar a ajustes na política de preços da OPEP+, que já enfrenta desafios para equilibrar a oferta global.
Brasil se beneficia com a nova estratégia chinesa
O Brasil tem se consolidado como um dos principais fornecedores de petróleo para a China. A China compra volumes crescentes de petróleo brasileiro nos últimos anos, aproveitando a qualidade do óleo extraído do pré-sal e as condições favoráveis de mercado.
Com o aumento da demanda chinesa, espera-se que o Brasil fortaleça ainda mais sua posição como um dos principais exportadores para o gigante asiático. O crescimento nas exportações pode impulsionar a economia brasileira e atrair novos investimentos para o setor de petróleo e gás.
O que esperar nos próximos meses?
A tendência de que a China compre mais petróleo do Brasil e da África Ocidental deve continuar nos próximos meses. Com o crescimento da incerteza geopolítica e o aumento das tarifas comerciais, é provável que refinarias chinesas sigam diversificando suas fontes de abastecimento.
A decisão chinesa pode ter impactos de longo prazo no mercado de petróleo, influenciando preços e estratégias de exportação dos principais produtores globais.
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China compra petróleo
A China compra volumes recordes de petróleo do Brasil e da África Ocidental para reduzir a dependência de fornecedores sujeitos a sanções e tarifas comerciais. Esse movimento fortalece a posição do Brasil como parceiro estratégico da China e pode gerar efeitos positivos para a economia nacional.
Nos próximos meses, a tendência é que as refinarias chinesas continuem ampliando as compras de petróleo brasileiro, aproveitando os preços competitivos e a estabilidade no fornecimento. O impacto desse realinhamento comercial deve ser acompanhado de perto pelo mercado global de petróleo.