O Brasil pode enfrentar uma recessão em 2025, de acordo com projeções do economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato. Em entrevista ao programa VEJA Mercado, ele apontou que a economia brasileira tende a desacelerar fortemente devido ao atual cenário de juros elevados e redução no consumo e investimentos.
Recessão no Segundo Semestre?
Segundo Honorato, o Banco Central já alertou que há possibilidade de um esfriamento econômico maior do que o esperado. A projeção do Bradesco indica que, com a taxa de juros a 15,25% ao ano, o país pode entrar em recessão no segundo semestre de 2025.
“O Banco Central foi assertivo ao dizer que há possibilidade de a economia esfriar mais do que o imaginado. É exatamente o que nós esperamos. Nossa previsão atual é que com os juros a 15,25%, a economia brasileira estará em recessão no segundo semestre deste ano”, explicou Honorato.
A recessão técnica ocorre quando um país registra dois trimestres consecutivos de contração do PIB. No caso brasileiro, o primeiro trimestre de 2025 ainda deve apresentar um desempenho positivo, impulsionado pelo agronegócio. No entanto, a desaceleração do consumo e dos investimentos deve refletir negativamente nos trimestres seguintes.
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O Papel da Agricultura na Economia
Apesar do alerta para a recessão em 2025, Honorato menciona que o agronegócio terá um papel crucial no primeiro trimestre do ano. Segundo ele, a atividade agropecuária impulsionará o PIB inicialmente, mas não será suficiente para sustentar o crescimento econômico no restante do ano.
“O agro será um espetáculo em 2025 e vai inflar o PIB no primeiro trimestre. Entretanto, já veremos o consumo e o investimento esfriarem no segundo trimestre, e a nossa expectativa é que o PIB seja ligeiramente negativo no terceiro trimestre”, afirmou.
A desaceleração se daria principalmente pela queda da atividade industrial e de serviços, setores diretamente afetados pelo custo elevado do crédito e pela redução do consumo das famílias.
Impactos da Recessão para a População
Se confirmada, uma recessão em 2025 traria impactos diretos para a população. Entre os principais efeitos, destacam-se:
- Desemprego em alta: A redução da atividade econômica pode levar a uma maior taxa de desemprego, com empresas cortando custos e reduzindo contratações.
- Queda no consumo: Com menos dinheiro circulando e crédito mais caro, consumidores tendem a reduzir gastos, afetando o comércio e os serviços.
- Investimentos reduzidos: Empresas podem adiar projetos de expansão e inovação devido ao cenário incerto.
- Inflação sob controle: Por outro lado, uma recessão pode desacelerar a inflação, já que a demanda por produtos e serviços diminui.
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O Que Pode Evitar a Recessão?
Apesar do cenário desafiador, alguns fatores podem ajudar o Brasil a evitar uma recessão profunda em 2025. Entre as medidas possíveis estão:
- Redução da taxa de juros: Caso o Banco Central perceba uma desaceleração intensa, pode haver cortes nos juros para estimular a economia.
- Aumento do investimento público: O governo pode investir em infraestrutura e políticas de incentivo ao consumo para minimizar os impactos da retração econômica.
- Expansão do crédito: Bancos podem flexibilizar concessões de crédito, tornando o financiamento mais acessível.
O mercado financeiro acompanha com atenção os próximos passos da política monetária e os sinais de enfraquecimento da economia. Uma recessão em 2025 ainda não está totalmente confirmada, mas os alertas de economistas mostram a necessidade de medidas para conter a desaceleração.
Brasil em recessão em 2025
O Brasil pode entrar em recessão em 2025 devido à combinação de juros elevados, desaceleração do consumo e queda nos investimentos. Embora o agronegócio tenha potencial para sustentar o PIB no primeiro trimestre, o restante do ano tende a ser mais desafiador.
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As previsões indicam um cenário de alerta, mas também há oportunidades para reverter a trajetória negativa. O governo e o Banco Central terão um papel fundamental na condução da economia para evitar uma crise mais profunda. Enquanto isso, investidores e empresários precisam estar preparados para um ambiente econômico mais instável nos próximos meses.
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