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Banco da Inglaterra Corta Juros e Alerta Para Inflação Mais Alta

Banco da Inglaterra Corta Juros e Alerta Para Inflação Mais Alta

O Banco da Inglaterra corta juros para 4,5%, destacando a necessidade de uma abordagem gradual diante da inflação elevada e do crescimento econômico fraco.
Banco da Inglaterra corta juros

O Banco da Inglaterra corta juros em 0,25 ponto percentual, reduzindo a taxa para 4,5% nesta quinta-feira (6). A decisão segue previsões revisadas de inflação mais alta e crescimento econômico fraco para o Reino Unido. Apesar do corte, duas autoridades, Catherine Mann e Swati Dhingra, votaram por uma redução ainda maior, para 4,25%, surpreendendo analistas.

Esse movimento faz parte da terceira redução desde que o Banco da Inglaterra começou a afrouxar a política monetária, após um longo período de juros elevados. Mesmo assim, as taxas britânicas permanecem entre as mais altas das economias avançadas, superando o patamar de 4,25% a 4,5% do Federal Reserve dos Estados Unidos.

Inflação segue como principal preocupação

Apesar do corte, o Banco da Inglaterra revisou para cima sua previsão de inflação. Agora, o índice pode atingir 3,7% no terceiro trimestre de 2025, bem acima dos 2,8% projetados anteriormente. Esse aumento se deve a altos custos de energia, reajustes nas contas de água e aumentos tarifários no setor de transportes, especialmente ônibus regulamentados.

O banco central prevê que a inflação não retornará à meta de 2% antes do último trimestre de 2027, um atraso de seis meses em relação à projeção anterior. A alta persistente da inflação levanta dúvidas sobre a capacidade do Banco da Inglaterra de continuar cortando juros sem comprometer a estabilidade econômica.

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Economia britânica enfrenta estagnação

O crescimento econômico do Reino Unido segue em um ritmo fraco, praticamente estagnado desde meados de 2024. O Banco da Inglaterra alerta que a economia provavelmente encolheu 0,1% no quarto trimestre de 2024, reforçando a tendência de desaceleração.

Entre os fatores que prejudicam o crescimento estão:

  • Aumento de impostos para empregadores, promovido pela ministra das Finanças, Rachel Reeves;
  • Riscos de uma guerra comercial global desencadeada pelo presidente dos EUA, Donald Trump;
  • Custo elevado de insumos e incerteza política, que reduzem a confiança de empresas e consumidores.

Diante desse cenário, o Banco da Inglaterra reduziu sua previsão de crescimento para 0,75% em 2025, metade da taxa projetada anteriormente. Para 2026 e 2027, a previsão foi revisada para 1,5% ao ano, em vez de 1,25%.

Divergências dentro do Banco da Inglaterra

A decisão de cortar os juros para 4,5% foi amplamente esperada, mas a divisão dentro do comitê do Banco da Inglaterra sugere incerteza sobre os próximos passos. Enquanto alguns membros defendem uma abordagem mais agressiva para reduzir os custos de empréstimos e estimular a economia, outros alertam para o risco de uma inflação persistente acima da meta.

A ata da reunião revelou que alguns formuladores de políticas pedem cautela nos cortes futuros, devido ao fraco crescimento da produtividade e aos riscos inflacionários. Outros, no entanto, acreditam que a inflação já está sob controle e que cortes mais expressivos são necessários para evitar uma recessão prolongada.

Impacto nos mercados financeiros e perspectivas para 2025

O anúncio do corte de juros teve reflexos nos mercados financeiros britânicos. A libra esterlina apresentou leve desvalorização frente ao dólar, enquanto os rendimentos dos títulos do governo do Reino Unido caíram. O mercado acionário reagiu de forma mista, com setores sensíveis à taxa de juros, como o imobiliário e bancos, oscilando diante das novas projeções.

Economistas consultados pela Reuters projetam que o Banco da Inglaterra fará quatro cortes de 0,25 ponto percentual ao longo de 2025, reduzindo os juros para 3,75% até o fim do ano. No entanto, os mercados financeiros estão mais cautelosos e apostam em cortes mais moderados, com a taxa caindo apenas para 4%.

Além disso, o Banco da Inglaterra destacou a incerteza quanto ao impacto de possíveis tarifas futuras dos EUA sobre o Reino Unido. Embora o país não seja diretamente visado, um aumento nas tarifas globais pode prejudicar o crescimento e prolongar a estagnação econômica britânica.

Setores mais impactados pela decisão

Alguns setores da economia britânica podem ser mais impactados pela redução da taxa de juros. Empresas do setor imobiliário, que dependem de crédito barato para financiar novos empreendimentos, devem se beneficiar. No entanto, o consumo das famílias pode continuar enfraquecido devido à inflação persistente, reduzindo o impacto positivo dos cortes nos juros.

Por outro lado, investidores do mercado de renda fixa podem rever suas estratégias, buscando ativos com rendimentos mais atraentes no exterior, caso o Banco da Inglaterra continue com cortes agressivos nos juros.

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Banco da Inglaterra corta juros

O Banco da Inglaterra corta juros, mas enfrenta um dilema entre controlar a inflação e estimular a economia. Com projeções de inflação mais alta e crescimento mais fraco, a instituição opta por uma abordagem gradual, sem comprometer a estabilidade do sistema financeiro.

Os investidores acompanham com atenção os próximos passos do Banco da Inglaterra, à medida que o Reino Unido navega um ambiente econômico desafiador, marcado por incerteza política, desaceleração global e riscos inflacionários persistentes. O comportamento da inflação e o impacto dos cortes na atividade econômica serão cruciais para definir a política monetária ao longo de 2025.

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