Preço da gasolina subirá em Fevereiro devido a ajuste no ICMS

Preço da gasolina subirá em Fevereiro devido a ajuste no ICMS

Preço da gasolina deve aumentar com ICMS, alta do petróleo e dólar a R$ 6,09. Saiba o que esperar e quais fatores vão impactar o seu bolso.
Preço da gasolina

Com o avanço do dólar e a alta no preço do barril de petróleo, o preço da gasolina no Brasil enfrenta pressões tanto internas quanto externas. A defasagem entre o valor internacional e os preços praticados pela Petrobras nas refinarias chegou a 12%, enquanto o diesel apresenta uma defasagem ainda maior, de 21%, segundo cálculos recentes. A partir de 1º de fevereiro, os consumidores sentirão um aumento nos preços devido à alta do ICMS em todos os estados.


O Que Está Pressionando o Preço da Gasolina?

1. Alta do Dólar e do Petróleo

O aumento do dólar, que encerrou a última sessão cotado a R$ 6,09, impacta diretamente os custos de importação de combustíveis. Ao mesmo tempo, o barril de petróleo Brent é negociado acima de US$ 80, pressionando ainda mais os preços internacionais.

2. Aumento do ICMS

O ajuste nas alíquotas do ICMS fará com que o preço da gasolina aumente em 7,1%, passando de R$ 1,3721 para R$ 1,4700 por litro. O diesel também sofrerá alta, subindo 5,3%, o que contribuirá para o aumento dos custos logísticos em diferentes setores da economia.

3. Fim da Política de Paridade de Importação (PPI)

Desde meados de 2023, a Petrobras abandonou a política de paridade de importação (PPI), que baseava os reajustes exclusivamente na cotação do petróleo e do dólar. Agora, a fórmula leva em consideração fatores como o volume de produção nacional, custos logísticos e participação de mercado, o que resultou em uma defasagem significativa em relação ao mercado internacional.

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Impactos no Consumo e na Inflação

A gasolina foi um dos principais responsáveis pela alta de 4,83% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2024. O aumento nos preços dos combustíveis deve continuar pressionando a inflação, com impactos em diversos setores da economia, como transporte, alimentos e serviços.

Segundo o consultor de mercado Dietmar Schupp, “o aumento do ICMS será sentido diretamente nas bombas em todo o país, somado à alta do dólar e do petróleo, o que gera uma pressão inflacionária generalizada”.


Defasagem de Preços: O Que os Dados Mostram?

De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), os preços médios praticados pela Petrobras estão abaixo do mercado internacional:

  • Gasolina: 12% abaixo da paridade internacional.
  • Diesel: 21% abaixo da paridade, com variação de até -R$ 0,83 por litro dependendo do polo de operação.

Nas últimas semanas, os valores de referência dos combustíveis mostraram uma leve queda:

  • Preço médio da gasolina: de R$ 6,15 para R$ 6,14.
  • Preço médio do diesel: de R$ 6,06 para R$ 6,03.

Cenário Global: Trump, Inverno Rigoroso e China

Fatores externos também influenciam o mercado de combustíveis:

  • Estados Unidos: O novo governo de Donald Trump pode adotar medidas de estímulo fiscal e liberar áreas para exploração de petróleo, aumentando a oferta. Porém, as sobretaxas previstas podem elevar a inflação e fortalecer ainda mais o dólar.
  • China: A retomada econômica chinesa aumentou a demanda global por petróleo, pressionando os preços.
  • Inverno no Hemisfério Norte: As temperaturas mais baixas aumentam o consumo de combustíveis para aquecimento, o que eleva a demanda global.

Por Que a Petrobras Não Reajusta os Preços?

Apesar da defasagem, a Petrobras tem evitado realizar novos reajustes por questões estratégicas. A última alta no preço da gasolina ocorreu em julho de 2024, quando o valor subiu de R$ 2,81 para R$ 3,01 nas refinarias. No caso do diesel, o último aumento foi em outubro de 2023, seguido por uma redução em dezembro do mesmo ano.

Fontes internas da estatal afirmam que, embora os preços estejam defasados, ainda não há uma decisão concreta sobre novos aumentos, especialmente devido à volatilidade do câmbio e do mercado internacional.


Ameaça à Importação e Estoques Reduzidos

A defasagem nos preços inibe a atuação de importadores, que respondem por 20% a 30% do consumo nacional de diesel e gasolina. De acordo com executivos do setor, a importação de diesel está reduzida devido aos preços internos mais baixos.

Nos polos de distribuição, a arbitragem continua desfavorável, com preços até R$ 0,83/litro abaixo da paridade, dependendo da região.

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Perspectivas para os Próximos Meses

Especialistas apontam que o cenário de preços dos combustíveis seguirá volátil devido aos seguintes fatores:

  1. Câmbio: Qualquer nova valorização do dólar pode agravar ainda mais a defasagem de preços.
  2. Oferta Global de Petróleo: A manutenção dos preços do Brent acima de US$ 80 indica que o petróleo dificilmente terá quedas significativas em curto prazo.
  3. Política de Preços: A Petrobras pode ser pressionada a ajustar os preços caso a defasagem continue ampliando.

Preço da Gasolina e os Desafios para 2025

O preço da gasolina deve continuar pressionado nas próximas semanas, impulsionado pelo aumento do ICMS, a valorização do dólar e o contexto internacional. Embora a Petrobras ainda não tenha anunciado um novo reajuste, a defasagem em relação ao mercado externo preocupa tanto investidores quanto consumidores. Com o cenário global de alta demanda por combustíveis e instabilidade cambial, é possível que novos ajustes ocorram ao longo do primeiro trimestre de 2025.

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