O mercado de grãos brasileiros está em alta neste início de novembro, com os preços do milho e da soja registrando avanços significativos, impulsionados pela forte demanda doméstica e condições climáticas favoráveis. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revelam que a valorização desses grãos é um reflexo tanto da necessidade dos consumidores em recompor estoques quanto do bom ritmo da safra verão.
Milho em Alta: Avanço na Primeira Semana de Novembro
O milho continua a apresentar uma trajetória de alta no mercado. Após um aumento expressivo de 13,44% em outubro, a commodity acumula mais 2,33% de valorização na primeira semana de novembro. No indicador do Cepea, o milho já registrou um aumento de 7% nas últimas duas semanas. Segundo especialistas, a demanda aquecida faz com que os vendedores adotem uma postura cautelosa nas negociações, priorizando os trabalhos de campo e o plantio da safra verão.
“O mercado de milho segue em alta com consumidores buscando recompor estoques e vendedores cautelosos nas negociações, devido ao avanço da safra verão,” destaca o relatório do Cepea.
Essa movimentação reflete a necessidade de estoque das indústrias, que impulsiona o preço do grão, mesmo com o aumento da oferta esperado para a próxima colheita.
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Condições Climáticas e Avanço da Semeadura
Outro ponto importante para o mercado de grãos brasileiros são as condições climáticas favoráveis, que têm facilitado o plantio da safra de verão. Segundo o Cepea, até o dia 3 de novembro, 42,1% da safra verão de milho já havia sido semeada, um avanço semanal de 5,3 pontos percentuais e superior ao índice do ano anterior. As boas condições para o plantio reforçam a expectativa de que a segunda safra, a ser plantada em 2025, se desenvolva dentro do período considerado ideal.
Esse avanço na semeadura foi corroborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que monitora o desenvolvimento da safra em todas as regiões do Brasil e confirma que o ritmo de plantio está mais acelerado em relação ao ano passado. Esse cenário traz confiança aos produtores e investidores de que o mercado continuará aquecido nos próximos meses.
Mercado de Soja em Aquecimento
Assim como o milho, a soja também apresenta uma trajetória positiva, com prêmios de exportação em alta no mercado brasileiro. Em outubro, o preço da soja subiu 1,94%, e essa tendência de valorização continua em novembro, com um leve crescimento de 0,13% na primeira semana do mês. A demanda aquecida das indústrias brasileiras mantém os preços elevados, apesar de algumas pressões que poderiam limitar essa alta.
Fatores como o avanço na semeadura da safra 2024/25 na América do Sul, o término da colheita no Hemisfério Norte e a desvalorização do dólar frente ao Real tiveram um efeito moderador sobre o preço da soja no mercado interno. Ainda assim, a valorização do grão demonstra a força da demanda interna, especialmente das indústrias de processamento de alimentos e de óleo.
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Avanço na Semeadura da Soja: Projeções e Expectativas
De acordo com a Conab, 53,3% da área total destinada ao plantio de soja no Brasil já havia sido semeada até o início de novembro, superando os 48,4% registrados no mesmo período do ano passado. O bom ritmo da semeadura e o crescimento da área plantada demonstram a resiliência do setor de grãos brasileiros e as expectativas positivas para a próxima safra.
As condições climáticas também favoreceram a semeadura da soja, o que ajuda a amenizar o impacto de fatores externos como a valorização do dólar e o preço da soja nos mercados internacionais. Dessa forma, a produção nacional segue em ritmo acelerado e contribui para o aquecimento do mercado.
Perspectivas para o Mercado de Grãos Brasileiros
Com as projeções de safra e a continuidade da demanda firme, as expectativas para o mercado de grãos brasileiros se mantêm otimistas. Tanto para o milho quanto para a soja, os principais players do setor seguem atentos às condições do mercado e às variações climáticas, fatores decisivos para o desenvolvimento das lavouras.
Para o médio prazo, o mercado espera que o milho e a soja continuem registrando preços elevados, principalmente se a demanda doméstica e internacional permanecer forte. Com a recuperação do setor agrícola e a retomada de atividades econômicas, os grãos brasileiros devem se manter em posição de destaque, impulsionando a economia agrícola e gerando oportunidades para exportação.
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