Ações da CVC caem mais de 7% após rebaixamento de Rating pela S&P Global

Ações da CVC caem mais de 7% após rebaixamento de Rating pela S&P Global

Os investidores reagem ao rebaixamento das debêntures da empresa pela agência de classificação de risco S&P Global, após a recente renegociação de dívidas.
Resultado 4T24 da CVC

As últimas semanas têm sido movimentadas para a CVC (CVCB3). Nesta segunda-feira (16), as ações da companhia chegaram a cair mais de 7%, liderando as baixas do Ibovespa desde a abertura do pregão. Na abertura, os papéis recuaram 7,69%, atingindo R$ 1,92. Por volta das 11h15, registravam baixa de 3,37%, sendo negociados a R$ 2,01.

Os investidores reagem ao rebaixamento das debêntures da empresa pela agência de classificação de risco S&P Global, após a recente renegociação de dívidas. Em comunicado, a CVC informou que as classificações de risco de crédito de suas debêntures da 4ª e 5ª emissões foram alteradas de “brBB+” para “brCC”, em escala nacional.

Rebaixamento e Perspectiva Negativa

A S&P Global também rebaixou a perspectiva do rating de positiva para negativa. Segundo a agência, “a perspectiva negativa indica que poderemos rebaixar o rating de crédito de emissor e de emissão para ‘D’ [equivalente a calote, default] caso a transação de reestruturação seja concluída sob os mesmos termos e condições propostos”.

Na avaliação da S&P, a classificação “BB” indica que a companhia está menos vulnerável no curto prazo, mas enfrenta incertezas sobre as condições de negócio, financeiras e econômicas. Já a classificação “CC” considera que a empresa está altamente vulnerável, o que aumenta as preocupações do mercado sobre a saúde financeira da CVC.

Renegociação de Dívidas e Impacto no Mercado

No último dia 11, a CVC anunciou o reperfilamento de suas debêntures. O acordo foi feito com representantes de mais de 75% das debêntures em circulação da quarta emissão de cada série e 100% das debêntures em circulação da quinta emissão. Com isso, a companhia conseguiu alongar os prazos de vencimento em quatro anos, estendendo-os para outubro de 2028, com amortização em cinco parcelas semestrais iguais e consecutivas.

Apesar da renegociação, os papéis CVCB3 também sofrem pressão pela abertura da curva de juros (DIs) nesta segunda-feira (16). Existe a perspectiva de que os Estados Unidos iniciem um afrouxamento monetário a partir de setembro, o que tem ajudado as ações ligadas ao turismo no cenário internacional. Contudo, o mercado brasileiro já precifica um movimento contrário, com a possível elevação da Selic também em setembro.

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Cenário Econômico Desafiador

A deterioração do câmbio nos últimos meses, a desancoragem das expectativas de inflação e a inflação no limite da banda superior da meta (de 3%) para este ano contribuem para o clima de incerteza. O Boletim Focus, divulgado mais cedo, apontou a elevação das projeções de inflação (IPCA) para o fim de 2024 e 2025 pela nona vez consecutiva. Economistas preveem inflação de 4,35% neste ano e 3,95% no final do ano seguinte.

Esses fatores macroeconômicos afetam diretamente empresas como a CVC, que dependem do consumo interno e da disponibilidade de crédito. A possível alta da taxa Selic pode reduzir o poder de compra dos consumidores e encarecer financiamentos, impactando a demanda por serviços de turismo.

Movimentações no Capital Social da Companhia

A CVC tem sido alvo de movimentações significativas em seu capital social nas últimas semanas. Na última sexta-feira (13), o GJP Fundo de Investimento, por meio da gestora Mar Capital, aumentou a participação na companhia de turismo. O fundo passou a deter 85.793.045 ações ordinárias da CVC, correspondentes a 16,32% do capital social.

Essa movimentação resultou em forte alta das ações da CVC no mesmo dia, que encerrou o pregão com valorização de 14,29%, a R$ 2,08. Anteriormente, em 21 de agosto, a WNT aumentou sua fatia no capital da CVC, passando a deter 26.333.100 ações ordinárias, o equivalente a 5,01% do capital social da empresa.

Oscilações e Especulações no Mercado

Três dias depois, a WNT voltou a vender ações da companhia de turismo, reduzindo a participação no capital social para 3,34%, com 17.558.300 ações ordinárias. Essas oscilações levantaram especulações no mercado sobre a possível participação do investidor Nelson Tanure nas movimentações. Em outras ocasiões, o empresário utilizou a estrutura da WNT para adquirir participações em companhias como a Light (LIGT3). No entanto, Tanure negou estar à frente na compra das ações da CVC, segundo notícia do Broadcast.

Analistas do mercado observam essas movimentações com cautela, já que podem indicar mudanças estratégicas ou especulação financeira. A volatilidade nos papéis da CVC reflete a incerteza sobre o futuro da empresa e as expectativas dos investidores em relação à sua recuperação financeira.

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